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Daqui até 2020, há um outubro de espera

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Daqui a um ano, Santa Maria irá às urnas, mais uma vez, para decidir quem comandará o município de 2021 a 2024. A tendência e o caminho natural é que Pozzobom (PSDB) busque mais quatro anos. Resta saber se, a exemplo dos seus antecessores, ele irá emplacar um segundo mandato. No páreo do tucano, vereadores e ex-parlamentares que serão alçados à condição de prefeituráveis. Sem dizer dos paraquedistas que mais servem de balão de ensaio e que se insinuam para, logo ali à frente, barganhar cargos. 

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Haverá um outsider? Alguém que corra por fora e que seja um "arrasa-quarteirão"? Até porque o eleitor tem se mostrado cansado da velha política e dos nomes habituais e corriqueiros que orbitam os pleitos locais. Ou será que teremos a volta dos faraós de outrora querendo fazer Santa Maria retroceder ao século passado? Logo saberemos.

O fato é que, até o momento, há de cinco a 13 nomes que despontam - no quadro, por enquanto, colocado - em busca da conquista do paço municipal. Matéria dos repórteres Eduardo Tesch e José Mauro Batista, veiculada neste fim de semana, evidencia o cenário que vai se desenhando.

Por enquanto, muita prudência nas falas e tratativas de todos os lados. Mas, nos bastidores, a prática - seja agora ou mais adiante - é/será a do fisiologismo puro. Ou seja, o famoso "toma lá, dá cá". Em tradução livre: me ajuda, que eu te ajudo. Só que, aqui, o apoio é com o dinheiro público (seja do fundo partidário ou, depois de eleito, com a máquina pública na mão). Raros são os que destoam dessa nociva prática.

O candidato que quiser levar o pleito de 2020 será aquele que, em menor ou maior grau, apresente um modelo que dê aos santa-marienses:

- resposta nos serviços mais essenciais e básicos (de educação, saúde, segurança e geração de emprego e renda)
- valorização dos educadores da rede municipal (financeiramente e com condições de trabalho)
- ganho em mobilidade urbana (que vai muito além de uma necessária licitação do transporte público) e, inclusive, um sistema eficiente com modais interligados (com ciclovias, semáforos sincronizados e um transporte coletivo eficiente) e, principalmente, vias em condições de transitar
- eficiência em uma gestão desvencilhada das amarras burocráticas. Ou seja, que aquele empreendedor - seja o dono de uma Havan ou um microempresário - não se sinta receoso em aqui aportar seus investimentos 
- um sistema moderno e que se mostre o mais próximo e conectado com o contribuinte. De forma que, por exemplo, ao se buscar um serviço da prefeitura (por mínimo que seja) não se tenha que percorrer uma via crucis de sala em sala para, depois, sair com um papel rasurado dado como "protocolo feito"
- praças e espaços de lazer com as mínimas condições de uso e, claro, de segurança
- respostas às demandas da zona rural do município, historicamente negligenciada
- atenção e políticas públicas efetivas à periferia da cidade que, muitas vezes, sequer tem condições de sair do próprio bairro e vive um apartheid social

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Marcelo Martins