data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Até alguns meses atrás, falávamos que o maior ganho do Centro Integrado de Segurança Pública (Ciosp) para Santa Maria, investimento de R$ 6 milhões da prefeitura ao colocar 700 câmeras nas ruas, seria o combate à criminalidade. Frente à pandemia que também acometeu o município - que já tem dois casos confirmados e, por enquanto, nenhum óbito -, o Ciosp tende a ser um reforço importante para o controle do isolamento social daqueles que relutam em ficar em casa preservando a própria vida e a dos outros.
Leia mais colunas de Marcelo Martins
As câmeras, espalhadas por cerca de 150 pontos da cidade, serão determinantes para saber quem esteja violando as determinações das forças de segurança e da prefeitura. Obviamente que o Ciosp seguirá tendo sua função precípua na segurança pública: o enfrentamento à bandidagem. Até porque, não sejamos ingênuos, os crimes seguirão acontecendo. O acerto de contas entre facções e criminosos no submundo das drogas não deixará de ocorrer. Mas mesmo aí o QG da segurança pública seguirá sendo determinante.
Uma vez que, com as ruas esvaziadas, aquele bandido que vier a cometer o delito que for será facilmente identificado no perímetro de atuação das 700 câmeras. O chefe da Casa Civil, Guilherme Cortez, avalia que as câmeras "já estão contribuindo no controle social por meio de ações fiscalizatórias para impedir a população de ir às ruas".
As viaturas das forças de segurança da cidade estão percorrendo, desde domingo, as ruas de bairros e vilas da cidade. Aqueles que porventura não cumprirem com a determinação de ficar em casa, podem, inclusive, ser presos. O delegado regional da Polícia Civil, Sandro Meinerz, já alertou disso.
Como disse uma fonte do Conselho Estratégico de Gestão de Crise à coluna "é preferível ficar confinado, do que ser enterrado".
