CLAUDEMIR PEREIRA

“Conversa entre irmãos” e a dificuldade de a Direita se unir

“Conversa entre irmãos” e a dificuldade de a Direita se unir

Foto: Reprodução

A foto que ilustra esta nota foi originalmente publicada no início da noite de quarta-feira (15), feriado, nas redes sociais de Mauro Bakof, ex-presidente do Progressistas (PP). Na sequência foi repostada no perfil do Facebook do presidente do Instituto de Planejamento do Município (IPlan), Ewerton Falk, pré-candidato a prefeito pelo Partido Liberal. Tão sorridente quanto se encontra o terceiro personagem presente ao encontro, o atual presidente do PP, Pablo Pacheco.



A foto, na internet encimada pela expressão “Conversa entre irmãos”, diz muito do que está acontecendo na destra santa-mariense. Se ao trio fosse agregado também Giuseppe Riesgo, do Novo, e se teria um dos grupos em que se divide a Direita da Boca do Monte. O papo “entre irmãos”, o colunista não tem condições de afirmar se foi marcado com antecedência. 


É improvável, pela informalidade em que os três se encontram num lugar público. Mas certamente a escolha do local – próximo ao centro, perto do Fórum, mas distante o suficiente de ambientes badalados – está a indicar a intenção de privacidade, ou pelo menos a tentativa de conversar mais livremente, sem a inconveniência dos chatos que surgem nessas horas.

 
O certo é que os três gostariam de ter à mesa o vice-prefeito Rodrigo Decimo, que no mínimo comunga de boa parte das ideias. Exemplo disso foi a participação, ainda que lateral, e sem comparecer ao microfone, da manifestação dos “patriotas”, na mesma quarta-feira.


Mas a questão ideológica fica em segundo plano pelo aspecto administrativo e também o partidário. Afinal, para concorrer e defender o governo de que faz parte, Decimo vai se filiar mesmo é ao PSDB. E aí a franja de compatibilidade se reduz, pois a gestão municipal da qual faz parte o vice-prefeito (e também, que se diga, o presidente do Iplan e o PL) tem justamente no PP o grupo de oposição mais organizado.

 
Claro que há outras representações à direita, mas elas não são tão unas quando PP, PL e Novo. Há direitistas assumidos no MDB e no PSDB, para ficar nos partidos maiores, como também sobrevivem no União Brasil – noves fora a recente união com o PT – e sobretudo no Republicanos. E esse “racha” só se resolve num eventual segundo turno. Se este acontecer.

 
Em tempo: a se manter o quadro como está, a única dúvida que resta, à destra, é o PL. Que vai com Decimo e o PSDB, ou embarca na candidatura de Giuseppe Riesgo, quem sabe com Ewerton Falk ao lado. Talvez tenha sido este um dos assuntos da “conversa entre irmãos”. Talvez.

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