Os carros-chefes da campanha municipal: Bolsonaro, Lula, Pozzobom, Van Hattem...

Os carros-chefes da campanha municipal: Bolsonaro, Lula, Pozzobom, Van Hattem...

Foto: Beto Albert (Diário)

O ex-presidente Jair Bolsonaro anuncia vinda ao Estado no final da próxima semana. Em 48 horas, se informa, visita quatro cidades. Além de Santo Angelo, Passo Fundo e Pelotas, Santa Maria também estará no roteiro.

 

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Se trata do elemento catalizador da campanha de Roberta Leitão à prefeitura, presente nas falas e imagens da candidata no trololó eletrônico e nos debates já acontecidos. É o carro-chefe, a grande aposta da pretendente ao gabinete hoje ocupado pelo tucano Jorge Pozzobom e o condutor de sua busca de votos.

 
Mas se o ex-presidente é quase o samba único, ao lado da crítica ao atual Executivo, da candidata do PL, o que é possível dizer do discurso e também dos motores da campanha dos demais concorrentes?

Rodrigo Decimo, do PSDB, escora sua campanha em busca do apoio santa-mariense na defesa das (boas) ações empreendidas pelo governo do qual é vice-prefeito. E aí tem no prefeito Jorge Pozzobom o grande nome em defesa das postulações do consórcio que tem, além dos tucanos, também PP, Republicanos, PSD e PSB.

 
Valdeci Oliveira, do PT, e seus articuladores da área de comunicação, sustentam suas ações pelo voto santa-mariense, na experiência acumulada do petista e de seu vice, José Farret, do UB. Ambos, juntos, têm 18 anos como chefes do Executivo. Sim, o primeiro mandato do médico candidato a vice foi de seis anos, nos 80’s. Além disso, a aliança conta com o apoio do ministro Paulo Pimenta, que já veio uma vez (e provavelmente voltará), além de Lula, o que não é pouca coisa.

 
Giuseppe Riesgo, do Novo, outro dos protagonistas, só tem tempo de campanha rádio-televisiva, por contar, na chapa, com o MDB da vice Magali Marques da Rocha. Contraditoriamente, o emedebismo limita o discurso do novista. Embora tenha críticas fortes ao governo do aliado, está limitado. Exemplo? Em programa recente, no rádio, fez acerbas críticas a quem está no governo “há sete anos”. E antes? Pooois é. Riesgo, aliás, tem como grandes apoiadores públicos, à direita, o deputado federal Marcel Van Hattem, do Novo. E ao centro, o secretário e deputado estadual Beto Fantinel, do MDB.


E os outros concorrentes à prefeitura, como estão a se comportar diante do eleitorado?

 
Paulo Burmann, do PDT, tem repetido o mantra do partido desde sempre: o cuidado com a educação e a defesa da escola em tempo integral (não apenas com atividades no contraturno, enfatiza o pedetista). E, claro, emula sempre que possível a memória de Leonel Brizola e Darcy Ribeiro.



Alídio da Luz, como Burmann e Moacir Alves (este com problemas para se apresentar, por conta de discussões jurídicas encostadas na conta do seu partido), com escassos segundos na propaganda, e como o típico candidato que tem pouco a perder, defende seu programa de governo com unhas e dentes. De resto, propostas quase lúdicas, embora não sejam desimportantes, e difícil execução. 


Mas enfim...


Luneta

Desistências
Até o fechamento da coluna, a Justiça Eleitoral registrava três desistências de candidatos a vereador. No caso, todas mulheres. Duas do PSD (que havia inscrito um total de 15 concorrentes, com cinco do sexo feminino) e uma do PDT (que oficializou 18 candidatos, dos quais sete mulheres). E agora, como fica? Os pessedistas têm um problema legal a resolver. Já o PDT está ok, embora no limite da quota.


Problemão
A lei é clara: os partidos devem apresentar, do total das candidaturas, 30% mulheres. Com isso, o PSD tem um problemão a resolver. Ouvido pela coluna, Robson Zinn, advogado eleitoral, esclarece que as siglas têm até dia 15 para fazer mudanças. No caso do pessedismo, que perdeu duas das cinco candidatas, do total de 15, entre as opções estão apresentar duas novas mulheres ou abrir mão de três homens.


Jovens do PP
Deveria acontecer na última semana, mas um problema clínico do presidente estadual do partido, deputado federal Covatti Filho, acabou por impedir. Mas o fato é que, conforme a apuração da coluna, em poucos dias o líder municipal do PP, Pablo Pacheco (foto) deverá se tornar o presidente da Juventude Progressista do RS. Ficará no mandato por cerca de dois anos, até completar 35, a idade máxima legal.


Hora da revisão
Fechada a primeira semana do trololó eletrônico, partidos e candidatos avaliam seu desempenho, com as pesquisas para consumo interno (dos maiores partidos). Numa campanha com tiro curto, as três semanas e pouco que restam terão de ser, com certeza, devidamente calibradas. Palpite: o “pau ferro” vai comer em seguida, quando quem está atrás precisará correr para tirar o atraso. É esperar e conferir.


Para fechar!
Ninguém acredita que será diferente de outras ocasiões semelhantes. Assim, quem for à Avenida Medianeira para assistir ao Desfile Cívico, a partir das 8 e meia da manhã deste sábado (7), deverá se preparar para a inevitável abordagem a ser feita por cabos eleitorais ou pelos próprios candidatos. Sim, eles não poderão perder a chance do contato com tantos eleitores ao mesmo tempo e no mesmo espaço.

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