Disputa ideológica bem mais nítida neste embate eleitoral

Disputa ideológica bem mais nítida neste embate eleitoral

Giuseppe Riesgo (à esq.) e Roberta Leitão (à dir.)

Já começa a ficar longe o tempo em que a direita ideológica se escondia em outros epítetos. Há pelo menos cinco anos, numa medição aleatória do colunista, os direitistas passaram a ter orgulho de ser direita, conservadora (e até retrógrada) nos costumes e liberal na economia.


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Enfim, tudo ficou mais claro, explícito no cenário político brasileiro em geral e com óbvios reflexos locais. Sim, em Santa Maria, a direita é visível, audível e autoindicativa. Ao ponto de tentar, sem sucesso, a união eleitoral entre seus principais representantes, com conexões importantes.

 
Sim, há outros além de Giuseppe Riesgo e Roberta Leitão (nas fotos que ilustram este artigo), mas são eles que se oferecem com mais talento ao mercado eleitoral, buscando arrebanhar adeptos. Por pudor e até um certo respeito a quem ainda não se assume direitista a coluna não cita nomes, mas basta observar atos e palavras e se verá quem são os outros, mesmo os menores que os citados.

 
Com relação à dupla de políticos, que teve inclusive diálogos em grupos de whatsapp aqui reproduzidos, dois meses atrás, só não houve uma união nas urnas por duas razões aqui identificadas.

 
Uma delas é que eles são diferentes. Riesgo, se percebe, é mais preocupado com as questões de natureza econômica. Já Roberta transborda conservadorismo na pauta de costumes, como seu viu nos tempos recentes na Câmara de Vereadores.

 


Isso poderia, porém, ser superado na hora da elaboração de um programa de governo, com concessões (e renúncias) de parte a parte. Então, por que isso não aconteceu? Pela segunda razão das diferenças: a necessidade de protagonismo. Tanto dos partidos, PL e Novo, quanto dos dois políticos. Então, não deu “match” e saiu cada um para um lado, com consequências imprevisíveis.


Falta ao PL militância, numericamente falando. O mesmo problema tem o Novo. Mas o fato é que, aqui, um resolveu a situação melhor que o outro. Se Roberta, ao que se está a indicar neste momento, vai se unir ao ainda menor Podemos, no quesito militância, Riesgo conseguiu cooptar o MDB, outrora um partido de centro-esquerda e hoje algo indefinível, mas ainda com grande capacidade de mobilização. 


Que é o interesse maior do novista, que, além de tudo, noves fora o direitismo que ostenta com orgulho, conquistou o verniz emedebista que, ele acredita, pode fazer a diferença.

 
O mais importante de tudo, no entanto, é que as forças políticas, legitimamente estabelecidas, terão de dizer a que vêm, inclusive no plano ideológico. Quem ganha com isso? A cidade, a política e a democracia, não necessariamente nesta ordem.

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