Decimo, o PP e o tempo no “trololó”

A qualquer momento, a Justiça Eleitoral deve divulgar (se já não fez isso, após o fechamento da coluna) o espaço dos candidatos no trololó eletrônico – a propaganda eleitoral no rádio e na TV.


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De todo modo, não é tarde para corrigir erro cometido semana passada. O colunista simplesmente esqueceu de somar os deputados do PP, ao consórcio liderado por Rodrigo Decimo, do PSDB, juntamente com Republicanos, PSB e PSD.

 
Ao acrescentar os 47 parlamentares pepistas, o tucano passa a contar com 161, o que o deixa em primeiro lugar no tempo a ser concedido, e não em terceiro, como constou.

 
Desta forma, Valdeci Oliveira, com 140 deputados, fica em segundo, Roberta Leitão, com 117, é terceira, e Giuseppe Riesgo, com 49, é quarto, com menos de um terço do tempo de Decimo.



Luneta

O problema é...    
Entreouvido pelo colunista: “queria comprar carro de um candidato e o imóvel de outro, pelo valor declarado na Justiça Eleitoral”. Pois o escriba, quem sabe juntando alguns caraminguás daqui e outros dali, também conseguiria. O fato é que há nítida defasagem entre o valor oficial e aquele de mercado. Ou minimamente de mercado. Então, há falcatrua na declaração dos concorrentes? Definitivamente, não.


... da legislação
O que ocorre, então, no registro dos bens dos candidatos? Simples, a legislação permite que o valor declarado seja o da aquisição, sem uma atualização. Isso é o que faz com que um automóvel, por exemplo, listado como valendo, por hipótese, R$ 20 mil, valha o dobro. E quem declara cumpre a regra. Logo, para não se ouvir “Ohs” ao ler as informações, só tem um jeito: mudar a lei. Quem se habilita?


Profissão, vereador
Grupo de oito vereadores, no registro de candidato, declarou à Justiça que sua ocupação é... vereador. Não está errado, claro, mas chega a constranger. E, embora não deva ser o caso de todos, é possível supor que alguns, mais que na sociedade, pensam é na própria sobrevivência – se esta depende de estar ali (foto). Não vai mudar, mas crer que vereador é profissão não contribui para a melhor política.


Mulheres
Ainda que exista uma diferença, com partidos apenas cumprindo o máximo legal, é saudável saber que as candidaturas femininas (92) alcancem 36% do total. Ainda é menos que o percentual de eleitoras, mas é avanço. Que, porém, somente se consolidará na medida em que sejam eleitas mulheres no mínimo na mesma medida. O que daria, por baixo, sete vereadoras, mais que o dobro do número atual.


Para fechar!
As 259 candidaturas postas, supondo que todas sejam chanceladas pela Justiça, são uma mostra do que é a sociedade dominante, o que não significa igualitária. Mas é interessante saber que quase metade é casada (44%), perto de 40% tem entre 45 a 59 anos, 40% concluiu curso superior. Ah, e 80% se declararam brancos e há dois indígenas e só um jovem entre 21 e 24 anos. Outros dados? Basta buscar no site do TSE.

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