O contato direto com jornalistas, afora os debates, e olhe lá, ainda é a melhor maneira de saber de fato o que pensam os candidatos a um cargo público em particular.
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Já foi possível, em entrevistas específicas com os concorrentes à Prefeitura de Santa Maria, saber o que pensam, na condição de pré-candidatos. O Grupo Diário, inclusive, já fez isso, via entrevistas, especialmente com o podcast comandado pelo colega Alexandre De Grandi.
Pois agora, a parte o que a casa vai oferecer, vale destacar o trabalho de uma emissora pública. No caso, a TV Câmara, que pretende fazer um trabalho diferenciado. O comando da imprensa legislativa está anunciando para esta segunda-feira, às 10h, reunião com os coordenadores das (ainda) pré-candidaturas postas.
Foram convidados representantes de Alídio da Luz (PSOL), Giuseppe Riesgo (Novo), Moacir Alves (PRD), Paulo Burmann (PDT), Roberta Leitão (PL), Rodrigo Decimo (PSDB), Tony Oliveira (Podemos) e Valdeci Oliveira (PT).
Como virtuais concorrentes, serão convidados (e ouvirão as regras) de um programa especial, “Fala, Candidato!”, a ser veiculado depois das convenções, cujo prazo termina em 5 de agosto. Logo em seguida, aí com os nomes oficializados, os programas irão ao ar.
Que se diga, é proposta (que, do lado de cá, nas emissoras e jornais privados, trata-se de norma habitual) interessante vinda de veículo público de comunicação. A iniciativa é capitaneada pela Diretoria de Comunicação Social e Divisão da TV Câmara do Legislativo.
Luneta
UM RECADO...
Ainda pendente de recurso, mas com resultado favorável tido como improvável, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou o mandato do deputado federal Maurício Marcon. De certa forma, ele foi vítima de fato que teve seu partido, o Podemos, como protagonista. Afinal, a causa para a condenação (que não o torna inelegível) foi fraude à cota de gênero, e, em linguagem popular, candidatura feminina laranja.
...CLARO DO TRE
Com a decisão que tira o mandato do podemista Marcon (foto), na prática, a Justiça Eleitoral manda um recado aos partidos, em função da eleição municipal: cuidem de cumprir a cota feminina e, mais que isso, não venham com “laranjas”, pois o resultado poderá ser a punição com a perda de toda a bancada eleita. Depois, de nada adiantará choramingar pelos corredores dos palácios por conta da “degola”.
PARA CONSTAR
Aliás, e ainda a propósito da cassação do deputado federal do Podemos e do recado do TRE-RS, nesses tempos de convenções e fechamento de nominadas, não custa lembrar um fato do último pleito municipal. Há quatro anos, dos cinco candidatos à Câmara de Vereadores de Santa Maria que receberam menos de dez votos, nada menos que quatro eram mulheres. Isso quer dizer absolutamente nada. Ou não. Né?
“FÓRUNS”
Há momentos de enorme criatividade nos corredores dos palacetes da política santa-mariense. O mais recente, até pela época pré-eleitoral, deu-se ali na Vale Machado. O que se disse? Mais ou menos isso: “Magali Marques da Rocha, do MDB, junto com Giuseppe Riesgo, do Novo, transitando pela Feicoop, era o mesmo que ambos no Fórum Social Mundial ou o Valdeci Oliveira, do PT, no Fórum da Liberdade”. Dã!
PARA FECHAR!
Com o começo das convenções está também prestes a terminar uma das grandes hipocrisias eleitorais brasileiras. Qual a diferença entre os pré-candidatos para os de fato candidatos? Nenhuma, exceto que uns não podem pedir voto e os outros, sim. Na prática, o planeta inteiro saber que o(a) sujeito(a) concorrerá, mas não pode dizer seu número, algo facilmente contornável. Mas, enfim, isso agora acaba.
