Não é o momento, claro, mas talvez seja o caso de discutir a legislação, para evitar algumas discrepâncias. No plano municipal, uma sobressai. No caso, a incrível vantagem ostentada por quem já é vereador, sobre os demais mortais interessados em vaga no parlamento.
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Para não ir muito longe na discussão, basta colocar duas dessas vantagens. Uma é a visibilidade óbvia que têm junto ao grande público duas vezes por semana, na TV Câmara. Mesmo que, por decisão própria, os edis não terão seus discursos veiculados. Ainda assim a imagem se mantém.
A outra vantagem é ainda mais ostensiva. Entre 16 de agosto e 6 de outubro, não por acaso exatamente o período previsto pela lei para campanha eleitoral, o funcionamento do Legislativo será reduzido. As sessões (foto) deixam as tardes e vêm para as manhãs e, durante toda a semana, o atendimento externo ficará restrito a seis horas, das 7h30min até 13h30min.
Desenhando: parlamentares candidatos terão mais tempo livre para a própria campanha, e ainda contarão com os servidores em cargo de confiança também livres para trabalhar na busca do voto para seus “patrões”. Isso é vantagem inequívoca sobre a quase totalidade dos demais concorrentes.
Detalhe: a decisão sobre a mudança de horário de atendimento externo e também o das sessões se dá pelos próprios edis. De maneira que, descartados equívocos dos partidos na formação das chapas, e questões como a sigla não alcançar o quociente eleitoral, só mesmo muita incompetência (ou falta de trabalho) para não se reeleger.
E ponto.
