A saída de cena de Mortari e as consequências políticas nestas eleições


Até o momento em que esta coluna é fechada, não havia resposta a possível pedido de habeas corpus em favor do ex-vereador Marion Mortari, preso em Ijuí sob a suspeição de ter participado de furto a uma relojoaria, no início do ano. Consequências pessoais o escriba não comenta, embora torça muito (reconhece) para que a história não seja bem assim e o político possa se defender adequadamente.

 


Mas do ponto de vista eleitoral, é indiscutível a perda do UB, em cuja lista de candidatos a Câmara, Mortari era nome forte. A pronta resposta da sigla, o substituindo por outro ex-edil, Ovídio Mayer, é tentativa de conter danos. Em 6 de outubro se saberá o efeito.


Luneta

A DIFERENÇA
Uma coisa é o discurso de mão única, feito em direção aos correligionários ou mesmo ao eleitor comum, normalmente receptivos. Outra, bem diversa, é a que acontece em meio a adversários a ser derrotados e com os quais precisará interagir. Eis a diferença a ser experimentada pelos candidatos a prefeito que, no dia inicial da campanha, vão se enfrentar no primeiro debate, promovido pelo Grupo Diário.


PELEIA RETÓRICA
O confronto que se dá na próxima sexta (16), a partir das 19h, transmitido ao vivo pela Rádio CDN, TV Diário e YouTube do jornal, tem ingrediente adicional. Sim, será possível conhecer os adversários principais de cada um, quem será estrategicamente poupado e até as alianças tácitas que podem se dar. Enfim, trata-se da primeira peleia retórica (que debate não é outra coisa senão isso) a ser conferida.


VANTAGEM
Já se disse e escreveu, inclusive aqui, que quem tem mandato leva vantagem em relação aos demais candidatos. Afora a exposição própria do cargo, cria as condições para melhorar essa situação. Uma entra em vigor no dia 16, valendo até 6 de outubro. Qual? O horário menor de funcionamento da Câmara, com sessões de manhã e CCs liberados, nos outros horários, para atuar na campanha. É ou não vantagem?


VAI LOOONGE!
Não obstante discursos otimistas aqui e ali, o fato é que parece bem longe do fim a celeuma em torno da obra inacabada da Câmara. O mais recente fato a comprovar a tese é a realização de perícia complementar a ser feita naqueles (quase) escombros. Em pedido de réu no processo, e acolhida, ela será feita na tarde da próxima quarta, 14. Um chocolatinho a quem adivinhar até quando vai o enrosco.


PARA FECHAR
É incrível. O pessoal decididamente não aprende. E não é que já surgiram rostos retocados, em alguns casos absurdamente “rejuvenescidos”, parecendo que o eleitor é um completo incauto, para não dizer outra coisa. Afinal, todos envelhecem (e isso pode ser um mérito, não problema). Enfim, vamos devagar, gente. Não deformem os candidatos. Beira o constrangimento. Pega mal e não dá voto. E ponto.

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