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PLURAL: os textos de Márcio Bernardes e Rony Cavalli

Os Golpes: que História é essa?
Márcio de Souza Bernardes
Advogado e professor universitário

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Ah, a História! Cada vez mais comprovo que ela é implacável e, cedo ou tarde, revela, desvela, demonstra e seleciona quem é quem. E, cada vez menos tempo é necessário para comprovarmos o que muitos já denunciavam. Não é mais possível negar que sofremos e estamos a sofrer os desdobramentos de um Golpe de Estado, dado pela classe dominante do capitalismo global e que tem nas elites locais seus "capitães do mato". Emissoras de TV e Rádio, jornalões e jornalecos, revistas semanais, "cidadãos de bem", empresários, terão que se explicar muito bem para a história que, impiedosamente, já está a demonstrar quem é quem. Estes veículos de mídia não fizeram jornalismo. Fizeram propaganda para manipular a opinião pública e movê-la em direção ao Golpe de Estado. E como? Incensando Sérgio Moro e a Operação Lava-Jato, criminalizando do PT, Lula, Dilma, Petrobrás, etc., e insuflando ameaças contra as instituições como o STF e o Judiciário no Geral.

OS MOTIVOS

Basta acompanhar a cronologia dos fatos, desde o início da descoberta do pré-sal até o que está ocorrendo após a eleição do Bolsonaro com a venda de refinarias a preço de banana, para ver o que está claro: uma vez mais os EUA e o capital internacional estão por trás da tragédia brasileira. Os episódios de espionagem dos Estados Unidos contra a Presidente Dilma Rousseff e integrantes do Governo, em 2015; a tentativa de "hackear" a Petrobrás em 2015; a Operação Lava-Jato, com ligações íntimas e indecorosas com o FBI e a CIA, pelo menos desde 2015; as ligações de Sérgio Moro com os EUA; Deltan Dallagnol afirmando que a prisão de Lula foi "presente da CIA", nas conversas hackeadas do Telegram; Sérgio Moro grampeando ilegalmente a Presidente da República e o ex-Presidente da República, e vazando deliberada e seletivamente os áudios para a imprensa, em 2015, o que acelerou o Processo de Impeachment sem crime de responsabilidade; e por aí vai... tudo isso, todos estes crimes de lesa-pátria, sem nenhuma punição e ainda incensado por parte da mídia.

É só acompanhar a história, ligar os pontos e, por fim, ler a bizarra e recente declaração do General Villas Boas em seu Livro: a pressão do Alto comando do Exército brasileiro, via twitter, para que o STF negasse o Habeas Corpus para a libertação de Lula, então primeiro colocado nas intenções de voto para Presidente da República, em 2018. O motivo alegado? O "aumento da demanda por uma intervenção militar em encontros com empresários e pessoas da sociedade civil". E Sabem porque isso continua a ocorrer? Porque não acertamos as contas com a História e não punimos os golpistas e criminosos da ditadura civil-militar.

Academias militares e a meritocracia
Rony Pillar Cavalli
Advogado e professor universitário

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Em épocas que qualquer concurso público há exigência de reserva de parcelas das vagas para as chamadas minorias, não tenho dúvidas em afirmar que a que causa maior ojeriza são as cotas raciais, as quais não encontram qualquer sustentação senão em uma ideologia de racismo às avessas.

A defesa de reserva de vagas baseadas em raça nada mais é do que a tentativa de partidos de esquerda que se apossam de determinadas bandeiras com objetivo de serem enxergados como paladinos da defesa dos mais fracos, quando apenas usam as minorias para capitanearem seus projetos políticos de poder.

Se houvesse fundamento que sustentasse que negros precisam de ajudas especiais para vencerem na vida, não teríamos exemplos fartos de negros vencendo e galgando aos postos mais altos das carreiras militares, onde sequer nas academias existia qualquer reserva de vagas para minorias e muito menos cotas raciais até 2018, quando foram as Forças Armadas forçadas a prever o sistema de cotas em Termo de Ajustamento de Conduta -TAC - firmado com o Ministério Público Federal, em ação civil pública absurda. Nas academias militares a única forma de se vencer é por mérito e não existe qualquer tratamento diferençado em razão de raça, gênero ou de qualquer outra forma de diferenciação de tratamento.

As academias militares brasileiras são de excelência, não sendo sem motivo que a iniciativa privada paga a "peso de ouro" profissionais egressos destas instituições. Os engenheiros mais bem pagos e disputados do País são os formados pelo Instituto Militar de Engenharia - IME - e pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica - ITA -, sendo que qualquer concurso de ingresso para as universidades civis é incomparável em termos de grau de dificuldade com os concursos para ingresso nestas academias militares.

Cada vez chegam mais negros ou mulheres aos cargos do topo das carreiras militares, servindo de prova que o sistema de cotas das universidades civis não tem razão de se manter e serviram para despencar a qualidade do ensino de vez, uma vez que através do sistema de cotas as universidades tentam fazer verdadeiro remendo no baixo nível do ensino de base, que ao permitirem o ingresso de alunos sem base o fazem para uma tentativa de empatia ao tratarem de forma diferençada o cotista, quando a solução verdadeira somente se dará com o investimento massivo na formação de base e não em ensino superior.

Está na hora de ser revisto o sistema público das universidades, sendo redirecionados os investimentos do ensino superior para a base.

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