O ex-governador Eduardo Leite (PSDB) reafirmou, na noite de sábado, enquanto acompanhava, junto com o namorado Thalis Bolzan, nos camarotes os desfiles das Escolas de Samba na Marquês da Sapucaí, Rio de Janeiro, que não é pré-candidato a presidente da República. As informações são da jornalista Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Na sexta-feira, Leite publicou a carta "Um só Rio Grande, um só Brasil e um só PSDB" em que afirmou que não concorrerá a presidente e que respeita o resultado das prévias do partido. Também disse que estará do lado do nome escolhido pelos tucanos: o ex-governador de São Paulo João Doria.
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O ex-governador gaúcho teria tomado a decisão depois de um jantar com Doria, que disse com todas as letras que não abriria mão de concorrer e teria, ainda, cobrado o respeito de Leite em relação às prévias.
Ao mesmo tempo, Leite informou na carta que continuará viajando o Brasil para divulgar a gestão feita no Rio do Sul e que pode servir de exemplo ao Brasil.
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Foto: Reprodução (Instagram)/
Ex-governador Eduardo Leite (à dir.), acompanhado do namorado Thalis Bolzan, acompanhou nos camarotes os desfiles das Escolas de Samba do Rio, quando reafirmou que não concorrerá a presidente
Também na sexta-feira, o ex-governador se manifestou via Twitter sobre uma pesquisa da Revista Exame em que aparece com um ponto percentual a mais do que Doria na simulação em que ele era apresentado como o nome do PSDB a presidente. "Não sou pré-candidato, mas pesquisa divulgada ontem (quinta-feira) pela Exame nos coloca a frente de candidaturas postas. Agradeço aos brasileiros que nos enxergam como uma alternativa à polarização. Darei minha contribuição, onde for, para ajudar o país a retomar serenidade e equilíbrio", escreveu ele no Twitter.
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Leite deve ter percebido que a tentativa de emplacar seu nome causou um desgaste na sua imagem e queimou um pouco seu filme, uma vez que o PSDB tem um pré-candidato definido nas prévias, nas quais ele foi derrotado. Por isso, foi criticado por alguns tucanos. Por outro lado, o ex-comandante do Piratini tinha o apoio nos bastidores da cúpula do partido para ensaiar uma candidatura paralela.
Também o ex-governador deve ter avaliado que a terceira via constituída pelo MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania tende a não vingar pelas dificuldades de construir um nome de consenso. Ou se vingar, possivelmente ele ficaria fora da chapa, que poderá ser composta pela senadora Simone Tebet (MDB) e por Luciano Bivar (União Brasil).
Resta saber quais serão os movimentos do ex-governador a partir de agora. Voltará os olhos para o Palácio Piratini?