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'Um país de maricas'... Quase 163 mil mortos e a típica cortina de fumaça do governo Bolsonaro

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É recorrente no governo Bolsonaro a emissão de cortinas de fumaça quando precisa desviar o foco e encobrir situações delicadas pessoais do presidente da República e da sua gestão, isso não é segredo para ninguém. Especialmente nesse momento, quando o seu filho Flavio Bolsonaro é denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Mas o que chega a ser inacreditável, e pasmem, tem quem defenda, é o requinte de desumanidade de um chefe de Estado para como o seu próprio povo. Em meio a uma pandemia, como quase 163 mil mortos pela má gestão da saúde pública, pois já expliquei em artigo anterior o número de vidas que poderiam ter sido salvas se a postura do governo federal fosse diferente. Com um apagão no Estado do Amapá em meio a isso, com a população sem energia elétrica para necessidades vitais básicas como a própria higiene, totalmente vulneráveis ao vírus. Com risco eminente de superinflação, o presidente da República ameaça a maior potência bélica mundial, o que certamente vai nos custar atrito diplomático e sanções comerciais, afetando ainda mais a nossa economia que está em queda livre.

Mas não para por aí, além de tudo que foi mencionado, Jair Bolsonaro comemora o suicídio de um cidadão brasileiro, que era voluntário nos testes da vacina CoronaVac em parceria com o Instituto Butantan, pelo simples fato de com isso ter um pretexto para a interrupção dos testes e pesquisas no Brasil. E o mais grave, com motivação pura e simplesmente política e ideológica... um contexto triste e desesperador para quem vive nesse país. Ao responder uma pergunta de um seguidor em uma publicação sobre as ações do governo na pesquisa sobre medicamentos para a Covid-19, Bolsonaro colocou o link de um artigo sobre a suspensão dos testes e afirmou: "Mais uma que Jair Bolsonaro ganha". E ainda afirma que todos vamos morrer e que precisamos deixar de ser um país de maricas.

Perguntado se o governo federal iria comprar e produzir a Corona-Vac se a ciência disser que ela é segura, Bolsonaro respondeu: "Morte, invalidez, anomalia... Esta é a vacina que Doria (João Doria, governador de São Paulo) queria obrigar todos os paulistanos a tomá-la". De acordo com o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, um voluntário dos testes com a CoronaVac morreu, mas a morte não teve relação com a vacina. O Butantan e o governo paulista disseram que foram surpreendidos pelo anúncio da Anvisa e que tomaram conhecimento dele pela imprensa. Primeiro, a Anvisa foi notificada de um óbito, não de um efeito adverso. Óbvio que é de se estranhar essa decisão da Anvisa, porque é um óbito não relacionado à vacina. Como são mais de 10 mil voluntários neste momento, podem acontecer óbitos. Em guerra política com Doria, Bolsonaro tem desmerecido a vacina chinesa em diversas ocasiões.

No mês passado, depois que os testes mostraram um alto grau de segurança da vacina e um calendário adiantado, o Ministério da Saúde assinou um protocolo de intenções para comprar do Butantan 46 milhões de doses do imunizante para ser distribuído dentro do Plano Nacional de Imunizações (PNI). No dia seguinte, depois de críticas de seus apoiadores mais radicais, Bolsonaro, também em uma publicação nas redes sociais, afirmou que mandara suspender o protocolo e que o governo federal não iria comprar a CoronaVac. Na segunda-feira, Doria afirmou que o governo federal também não liberou os recursos que haviam sido prometidos para construção pelo Butantan da fábrica para produzir a CoronaVac localmente. Enfim, estamos às escuras, nas mãos de um genocida e que as instituições públicas não conseguem ou não querem pará-lo... até quando?

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