Camila Chagas (comunicação social)
Após o governador do Estado, Eduardo Leite, propor o retorno presencial das aulas, gradualmente, a partir do de 31 de agosto, autoridades de São Gabriel se reuniram para debater o assunto.
Em um encontro realizado na última quarta-feira, entre o prefeito do município, Rossano Gonçalves (PL), os secretários de Saúde, Ricardo Coirollo, da Educação, Gleidevan Marques e a procuradora jurídica, Michele Maciel, eles debateram a proposta anunciada por Leite.
De acordo com Gleidevan, na reunião foi descartado o possível retorno das aulas presenciais no mês de setembro por diversos fatores. Apresentou-se, também, o resultado de uma pesquisa que estima que 32% dos professores e 37% dos funcionários não retornariam para as salas de aula em meio à pandemia, por fazerem parte ou terem familiares no grupo de risco.
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Segundo o prefeito, outros fatores importantes também foram decisivos, entre eles, o número de leitos hospitalares e a troca constante de bandeiras, o que acaba por alterar os critérios de restrições. Outra preocupação de Rossano é o fato das aulas se iniciarem pela Educação Infantil, o que levaria mais de 5 mil crianças de volta à escola, aumentando o risco da contaminação:
- O risco aumenta pela inocência dos alunos. Os pequenos não têm noção do perigo que correm ao estar em contato com os colegas e, com isso, levar o vírus para dentro de casa.
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MEDIDAS
Para o secretário da Saúde Ricardo Coirollo, um possível retorno só seria possível através de mudança de panorama com uma queda drástica no número de casos, o que, diante do quadro atual, parece distante. Segundo Coirollo, após setembro, outra avaliação será feita para que o possível retorno às salas de aula seja feito gradualmente.
Gleidevan afirma que medidas para o retorno já têm sido tomadas, entre elas, o pedido de materiais de EPI:
- O Centro de Operações de Emergência da Educação (COE), formado por pessoas ligadas à educação e à saúde, irá montar um protocolo de volta às aulas como os cuidados necessários.