opinião

Quando o crime e a barbárie são respaldados pelo Estado

O mal é multiforme. E, por isso mesmo, a sua face nem sempre é dantesca ou demoníaca. A história, felizmente, está aí para atentarmos ao presente e, principalmente, nos nutrirmos de exemplos e de subsídios para não reprisarmos os erros do passado. Vivemos tempos estranhos e que foram agravados pela pandemia que descompassou muita gente e aflorou a bestialidade em tantos outros. As redes sociais viraram a arena para que famílias e amizades sejam desfeitas. Desta maneira, os rótulos vão se acumulando: fascistas, terraplanistas, negacionistas, bolsonaristas, lulistas e por aí em diante. Tudo isso me fez lembrar os tempos em que tinha rede social, e vi algum "amigo" de Facebook - aqueles que aceitamos o convite por educação, nada mais - condenar o nazismo. Ok, louvável e mostra que ele frequentou minimamente os bancos escolares.

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Mas, aí, veio o absurdo: ele comemorava o centenário da Revolução Bolchevique, de outubro de 1917, que impôs o comunismo (e a cortina de ferro) em toda a Rússia. Vilipendiar o nazismo de Hitler é o mínimo que se espera de quem está com as faculdades mentais em dia. Mas enaltecer a revolução comunista é ignorância e má-fé.

Esqueceu o "amigo", que o comunismo - puxado por todos os regimes ditatoriais replicados - deixou mais de 100 milhões de pessoas mortas no mundo no século passado. Na busca por esse novo éden, da Rússia de Stalin à Cuba dos irmãos Castro, o saldo foi de miséria, degradação, supressão de direitos e de muita tirania. De forma bem resumida, nazismo, socialismo e comunismo se encontram em duas palavras: crime e barbárie. Tudo legitimado pelo Estado.

Não se pode ver apenas um lado da história. Nós, que estamos no presente e tentando construir um futuro digno e minimamente promissor, precisamos trazer os fatos ao olhar a sociedade sob a égide do que deveria ser o mandamento principal de todos nós: o respeito. Sem ele, os loucos tiranos se criam e chegam ao poder. Não raro, isso acontece pela unção do voto popular. Aí, quando isso ocorre, é porque falhamos, enquanto sociedade, em algum momento. Mas, felizmente, sempre há como corrigir os rumos. Basta a soma de esforços e perseverança.

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Marcelo Martins