Por unanimidade, a Assembleia Legislativa aprovou, na sessão de terça-feira (12), o programa “Professor do Amanhã” com foco na formação de docentes em áreas estratégicas da Educação Básica no Estado.
Projeto proposto pelo Palácio Piratini, a iniciativa tenta amenizar a falta de professores de licenciatura e, ao mesmo tempo, a crise nas universidades comunitárias, que enfrentam dificuldades com a redução no número de alunos.
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Isso porque, de acordo com a proposta, o governo irá adquirir vagas em cursos de graduação em licenciatura dessas instituições – na região, há a Universidade Franciscana (UFN) e a Universidade de Cruz Alta (Unicruz) – selecionadas por edital.
Também o programa prevê uma bolsa mensal de R$ 800 aos alunos selecionados para as vagas e mais R$ 800 ao mês para as universidades como taxa acadêmica.
Recentemente, ocorreu uma audiência pública na UFN para tratar sobre a crise nas instituições comunitárias de Ensino Superior, promovida pela comissão especial da Assembleia Legislativa.
E foi presidida pelo deputado estadual Rafael Braga (MDB), de Cruz Alta, que apontava como uma das soluções o modelo do programa, agora, instituído pelo governo Leite (PSDB). Braga, inclusive, apresentou emendas ao projeto, mas foram rejeitadas.
O que propõe o programa
- Até mil bolsas em cursos de licenciatura em Instituições Comunitárias de Ensino Superior ICEs)
- R$ 800 ao mês de bolsa de permanência ao estudante e mais R$ 800 mensais à instituição como taxa acadêmica
- Validade de 4 anos, a partir de 2024
- Áreas estratégicas: letras, matemática, biologia, história e geografia
- Cursos de graduação presenciais, com carga horária mínima de 3,2 mil horas e nota mínima no CPC igual a três
- Ações com edtechs (startups de educação)
- Entre os critérios de seleção está a média mínima de 400 pontos no Enem do ano anterior
- Após o término da graduação, o aluno beneficiado deve exercer ao menos 1.920 horas de atividades docentes na rede pública estadual