O governo Jorge Pozzobom (PSDB) tem sido cobrado, constantemente, por transparência pelos parlamentares de opisição. Seja no enfrentamento à Covid ou em ações do Executivo, os vereadores estão em cima da prefeitura e afirmam cumprir com suas prerrogativas institucionais de fiscalizar. Em um movimento para deter os discursos da oposição de que a administração municipal não é clara em seus feitos, secretários de governo e o vice-prefeito, Rodrigo Decimo (PSL), participam, nesta terça-feira, de uma reunião na Câmara de Vereadores para explicar aos parlamentares o projeto de reorganização administrativa da prefeitura, que tramita na Casa.
Mesmo com as relações institucionais estremecidas devido às Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) e de uma oposição combativa, que dita os rumos da Casa Legislativa e não poupa críticas à gestão, o governo demonstra que busca uma maior harmonização entre os Poderes.
'Vi a mobilização da cidade, me emocionei com o carinho', diz Valdir Oliveira
A reforma administrativa foi conduzida pelo vice-prefeito com objetivo de desburocratizar os processos internos no Executivo e dar mais celeridade aos serviços prestados pelo Poder Público. Assim, cabe a ele mesmo informar sobre o que busca com a reformulação das pastas. Também integram a comitiva os secretários de Licenciamento e Desburocratização, Ewerton Falk; de Comunicação Social, Ramiro Guimarães; de Inovação e Tecnologia de Informação, Tiago Sanchotene; além de Leonardo Kortz e Lucas Saccol, responsáveis pelas relações institucionais.
Emenda de R$ 1 milhão do deputado Valdeci está nas contas do Hospital Regional
A visita institucional de parte do primeiro escalão ao Legislativo não é apenas para uma simples defesa de projeto. Significa uma tentativa de aproximação com a Câmara e de diminuir os embates proporcionados por uma aguerrida oposição. Além do mais, nenhum outro governo teve sua proposta de reorganização administrativa reprovada pelo plenário da Casa, e Pozzobom não vai querer ser o primeiro. Todos os vereadores foram convidados a participar, e, como cobram explicações acerca do que a reforma vai trazer ao município, espera-se que estejam presentes.
Seis meses após o começo do segundo mandato e três CPIs, o governo, enfim, começa a dar passos na tentativa de acalmar os ânimos no Legislativo e reduzir possíveis desgastes políticos ao governo tucano.