Para fisgar os indecisos

Faltando três dias para as eleições, candidatos vão com tudo às ruas

Marilice Daronco

A largada para a corrida eleitoral já foi dada há muito tempo, mas, com apenas três dias pela frente para conquistar os eleitores, os candidatos a presidente, senador, governador e deputado estadual e federal estão em uma corrida acirrada contra o tempo para fisgar os eleitores. Para presidente, por exemplo, desde 1989 - quando Fernando Collor, Lula e Leonel Brizola disputaram a primeira eleição direta -, o Brasil não vivia uma eleição com margens de vantagem tão apertadas. Segundo os especialistas, os motivos, desta vez, são outros. Uma pesquisa do Datafolha mostrou que 35% dos eleitores estão pouco interessados e que 20% não têm nenhum interesse nas eleições.

Em um cenário como esse, não faltam eleitores indecisos - segundo pesquisa do Datafolha divulgada na terça-feira, eles representam 7% dos votos para presidente e, conforme a última amostragem no Estado, em 26 de setembro, eram 14% para o governo do Estado.

Há também outro grupo de eleitores nos quais os políticos estão de olho: o dos infiéis, que apontam um candidato de preferência, mas não declaram certeza absoluta.

Sendo assim, a artilharia de cada um dos candidatos já está posicionada, e não faltam estratégias (veja na página 7) para conquistar os eleitores. Os próximos dias tendem a ser de campanhas mais agressivas, como deve ficar comprovado hoje, no último dia de propaganda na TV e no último debate para presidente, que terá transmissão pela RBS TV às 22h50min.

Na região, os candidatos a deputado estadual e federal partirão de vez para o corpo a corpo, pois, em um cenário de indefinições, cada voto vale ouro. Eles pretendem dormir pouco (quase nada, na verdade), abordar os eleitores nas ruas, nas saídas de empresas, no comércio e em casa, distribuir colinhas com o seu número e espalhar ainda mais bandeiras e cavaletes.
- Em uma eleição como a deste ano, em que as pessoas não estão empolgadas como no passado, a estratégia de abordar os eleitores um a um faz diferença. Os candidatos ao Executivo têm mais tempo na TV e conseguem apresentar suas propostas. Os que almejam ser deputados não têm tanto tempo.

Como é uma eleição difícil, com uma competição grande e desigual entre os que têm mais dinheiro para investir nas campanhas e os que não têm tantos recursos, o corpo a corpo é uma boa saída - afirma o cientista político José Carlos Martinez.

Na quarta-feira, equipes da Justiça Eleitoral concluíam a preparação de mais de 650 urnas eletrônicas, que, na manhã de sábado, serão distribuídas nos locais de votação em Santa Maria, Itaara, São Martinho da Serra e Silveira Martins.

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