Desempenho de ginastas brasileiras inspira crianças e adolescentes em Santa Maria

Desempenho de ginastas brasileiras inspira crianças e adolescentes em Santa Maria

Foto: Beto Albert (Diário)

O desempenho das ginastas brasileiras na Olimpíada de Paris 2024 trouxe orgulho ao país e passou a inspirar ainda mais as crianças e adolescentes que se dedicam e sonham com um futuro no esporte. A conquista de Rebeca Andrade, que levou o ouro no solo e se tornou a maior medalhista olímpica na história do país, impulsiona novas gerações como a de Maria Elisa Libânio Reolon, 12 anos, aluna na Escola de Ginastas Roberta Padilha, em Santa Maria. 

– O que me motiva a continuar na ginástica é ver como eu evoluí. Muitas coisas que eu não conseguia fazer quando comecei, agora consigo. Quero cada vez mais aprender novos movimentos – destaca. 

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Maria Elisa Libânio Reolon, 12 anos, busca evoluir na ginástica rítmica a cada treinoFoto: Beto Albert (Diário)

Atualmente, o foco da escola é a ginástica rítmica, porém, com o sucesso da Olimpíada, o objetivo agora é ampliar também as turmas da modalidade artística. Segundo a treinadora e proprietária da instituição, Roberta Padilha, 44 anos, as cenas vistas pela TV nos últimos dias provocaram um aumento na procura. Nos dois dias seguintes após o ouro, a escola recebeu cerca de 60 contatos de famílias que desejam inserir o esporte na rotina dos filhos. 

– Já temos uma turma ativa da ginástica artística, mas com a repercussão da Olimpíada decidimos implantar mais duas novas turmas, especialmente da ginástica artística de solo, que é mais fácil e mais próxima do que estou acostumada a trabalhar – explica.

Escola de Ginastas Roberta Padilha atende cerca de 100 alunos de diferentes faixas etáriaFoto: Beto Albert (Diário)

Ginástica rítmica x artística

A ginástica rítmica envolve movimentos corporais combinados de maneira harmoniosa com referências de balé e dança teatral, apresentados em sincronia com uma música. Para isso, são utilizados elementos como corda, arco, bola, tacos e fitas. Em competições de alto nível, como nos Jogos Olímpicos, a ginástica rítmica é praticada exclusivamente por mulheres, de acordo com as diretrizes da Federação Internacional de Ginástica (FIG). Pode ser feita de forma individual ou em grupo.

Já a ginástica artística se destaca por utilizar exercícios corporais de alta intensidade, que combinam força, agilidade e flexibilidade. Na subdivisão feminina, a ginástica artística é feita em barras assimétricas e na trave de equilíbrio, além de na categoria de saltos e de apresentação solo, com execução de música.

Na masculina, os aparelhos são o cavalo com alças, as argolas, barras paralelas e barra fixa, além dos saltos e do solo, que é performado sem música.

Rotina de treinos 

Olhos e ouvidos atentos aos comandos da treinadora. Dedicação máxima a exercícios complexos que exigem força, agilidade, coordenação e disciplina. A ginasta Bianca Flores, 13 anos, pratica a modalidade rítmica desde os sete anos e faz parte da equipe de competições da escola. Ela treina três vezes por semana e afirma que, apesar da rotina cansativa, o esforço compensa.

– Eu gosto realmente de praticar esse esporte, acho ele bonito e gosto de participar das competições. Faz bem para a saúde mental, aumenta a autoestima e melhora nosso desenvolvimento – diz. 

A ginasta Bianca Flores, 13 anos, treina três vezes por semana com foco nas competições estaduaisFoto: Beto Albert (Diário)

Para além das habilidades físicas, a professora explica que a ginástica tem sido procurada como forma de socialização entre jovens. 

– Além dos inúmeros benefícios físicos que a gente já conhece, os pais têm procurado a parte social e da saúde mental para que as crianças saiam do celular – comenta Roberta. 

Quanto a identificação de novos talentos, a treinadora destaca que é um processo trabalhado ao longo dos treinamentos. Apesar de a especialização não ser o objetivo de grande parte das famílias e do aluno, muitos evoluem naturalmente e se destacam. Ao perceber as habilidades, a escola em conjunto com os pais avalia a inserção de treinamentos mais intensos para participação em competições.

Ginástica rítmica do Brasil brilha nesta sexta

Além das conquistas na ginástica artística com Jade Barbosa, Flávia Saraiva e Rebeca Andrade, a rítmica do Brasil também promete fortes emoções nessa Olimpíada de Paris. Nesta quinta-feira (8), Barbara Domingos alcançou notas altas nas apresentações dos quatro aparelhos e foi à decisão da disputa por medalha após ficar entre as 10 melhores ginastas do dia. A decisão ocorre na sexta-feira (9), às 9h30min.

Na categoria por equipe, o Brasil também é forte concorrente à medalha. O grupo é formado por Deborah Medrado, Maria Eduarda Arakaki, Nicole Pírcio, Sofia Madeira e Victória Borges. As classificatórias do conjunto serão na sexta-feira (9), a partir das 5h.

Foto: Beto Albert (Diário)


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