"Tinder animal": campanha incentiva adoção de cães e gatos desabrigados; outras ações também são anunciadas pelo Estado

Uma série de medidas de proteção aos animais foram anunciadas pelo governo do Estado, no final de agosto, uma delas é o Programa Emergencial de Manejo da População de Cães e Gatos em Abrigos, que visa a promover o bem-estar e a adoção de bichos em situação de vulnerabilidade, especialmente aqueles afetados pelo desastre meteorológico de maio. São mais de R$ 7,2 milhões de investimento destinados para a causa animal.

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Na manhã desta quinta-feira (5), em entrevista ao programa Bom dia, Cidade! da rádio CDN (93,5 FM), o vice-governador do Estado, Gabriel Souza (MDB), destacou que há cerca de 3,5 mil cães e gatos em abrigos, distribuídos por 14 municípios gaúchos, com destaque para Canoas, Porto Alegre e São Leopoldo, Região Metropolitana. Ele explicou que a iniciativa prevê a castração e microchipagem de todos os pets que estão em abrigos para que ao serem adotados já saiam com essas necessidades atendidas e assim também contribuir com o monitoramento desses animais.

O programa emergencial prevê o repasse de recursos financeiros às prefeituras em calamidade pública com base na quantidade de animais acolhidos. Com um valor de R$ 188,85 mensais por animal, o total estimado para o programa poderá alcançar R$ 5,6 milhões no período de um ano. As verbas, que poderão ser complementados pelas gestões municipais, serão utilizados para garantir insumos essenciais, alimentação e cuidados veterinários. O valor poderá ser utilizado para qualificação dos abrigos e lares temporários ou também repassados pela prefeitura para entidades e pessoas físicas que abrigam e acolhem animais. Segundo Souza, os municípios já podem fazer a adesão ao programa.

Outra iniciativa estadual é a campanha "Adote um bichinho RS", que, em parceria com a entidade nacional Arcanimal, disponibiliza um site para adoção responsável.​

- O site é uma espécie de tinder dos animais, ou seja, você escolhe lá, encontra o animal que você quer adotar, seja, gato ou cão, macho ou fêmea por toda a característica da pelagem, do comportamento do tamanho, do porte do animal e inclusive com fotografias de muitos animais que estão nos abrigos. (...) Queremos reduzir o número de animais em abrigos, porque naturalmente o melhor lugar para eles estarem é na casa das pessoas, nos lares que queiram realmente adotar os animais, dando todo o amor e carinho que eles merecem _ afirmou o vice-governador.

Gabriel, que é médico veterinário e que atuava como profissional até assumir o cargo no Piratini, destacou também a preocupação em relação à saúde pública, considerando que os animais transmitem zoonoses, portanto é fundamental que eles recebam nos abrigos os cuidados necessários.

- Os animais sendo bem cuidados, serão saudáveis para eles próprios, para seus pares, para os seres humanos e para o meio ambiente. Hoje em dia o conceito é de saúde única, ou seja, a saúde para ser plena para todos ela tem que ter saúde humana, saúde animal e saúde ambiental. Não adianta só ter saúde para seres humanos, porque não vai ser suficiente, na medida em que os animais também compartilham doenças conosco - acrescentou.

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