Após nova proposta do governo, servidores avaliam continuidade da greve que completa 91 dias

Foto: Beto Albert (Diário)

A greve dos técnicos-administrativos em educação (TAEs) já completa 91 dias. Após quase três meses de mobilização, um avanço importante: na terça-feira (11), em reunião com a categoria em Brasília, o governo federal apresentou uma contraproposta. Além do reajuste médio salarial, a nova proposta traz uma aceleração na progressão de carreira e incentivo à qualificação. Nos próximos dias, servidores vão se reunir para avaliar a continuidade da greve.


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De acordo com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), a nova proposta prevê reajuste médio de 29,6% em quatro anos, já contando o reajuste geral de 9% dado a todos os servidores federais no ano passado, além da progressão de 4% a partir de 2026. O reajuste final ficou entre 25% a 44% dependendo da classe e do nível na carreira, segundo a pasta. A proposta anterior previa reajuste médio de 28%, sem aumento no percentual da progressão de carreira (nível salarial).

Para a coordenadora geral da coordenadora geral da Associação dos Servidores da UFSM (Assufsm), Alessandra Alfaro Bastos, a proposta foi considerada um avanço. Mas, a categoria ainda exige que o reajuste se estenda também aos servidores aposentados:

Os aposentados estão com 0% de ajuste para os próximos anos, e são quase metade da nossa categoria. Por isso, ainda temos que avaliar porque não podemos abandonar os aposentados porque eles ficaram sete anos sem ajuste e não têm benefícios como alimentação e saúde. Foi um avanço. Nessa reunião de ontem, o governo realmente ouviu nossas demandas, mas nós temos como princípio não deixar ninguém para trás – afirma Alessandra.

Nos próximos dias, a assembleia de greve vai apresentar a proposta do Ministério da Gestão e Inovação, na 6ª reunião da Mesa Específica e Temporária. A partir disso, a categoria deve avaliar a continuidade da greve.


Paralisação acontece em 560 unidades de ensino 

Professores e servidores de cerca de 60 universidades federais e de mais de 39 institutos federais de ensino básico, profissional e tecnológico estão em greve desde o dia 15 de abril, no caso dos professores, e desde meados de março, no caso dos técnicos. Balanços das entidades mostram que a paralisação alcança mais de 560 unidades de ensino de 26 unidades federativas. Eles pedem, entre outras medidas da contraproposta, a recomposição dos salários ainda este ano, o que não foi aceito pelo governo, até o momento.


Entenda as pautas gerais da mobilização: ​

  • Reposição salarial - Os salários dos servidores técnico-administrativos em educação estão congelados desde 2015
  • Reestruturação de carreira - O movimento alega que a categoria tem um dos menores salário entre os servidores federais
  • Realização de concursos públicos - Decretos extinguiram dezenas de cargos, o que prejudica a qualidade dos serviços prestados na universidade
  • Recomposição do orçamento da UFSM - Os cortes levaram à demissão de trabalhadores 
  • Mais verbas para assistência estudantil - Conforme a Assufsm, desde a adoção de cotas sociais, a UFSM vem recebendo mais estudantes em vulnerabilidade e, por isso, precisam cada vez mais de alimentação e moradia para concluírem seus cursos.


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