plural

PLURAL: os textos de Atílio Alencar e Paulo Antônio Lauda

  • Rodoviárias
    Atílio Alencar
    Produtor cultural

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    Esta época do ano é famosa pela agitação das rodoviárias. Os aeroportos talvez fiquem até mais caóticos, mas já faz tanto tempo desde a última vez que pude pagar por uma passagem aérea que prefiro não comentar sobre o que desconheço. Mas rodoviárias, dessas sim, eu sou um frequentador assíduo. E de tanto viajar pra lá e pra cá de ônibus, hoje me julgo um perito em avaliar quais são as melhores estações para mofar à espera do horário de embarque.

    Começo pela rodoviária de Santa Maria. Ampla, bem localizada, com uma área verde e praça de alimentação, razoavelmente agradável. Eu diria que a nossa estação é uma das mais hospitaleiras entre as que já frequentei. Além das qualidades supracitadas, eu incluiria a limpeza dos banheiros e o sinal de Wi-Fi livre (embora oscilante) na lista de pontos positivos do terminal. Em dias de fluxo intenso, a distribuição espacial ajuda um pouco a amenizar o caos, muito embora a capacidade humana de gerar situações embaraçosas supere de longe qualquer avanço técnico que a civilização ocidental possa engendrar.

    ETERNOS PASSAGEIROS

    Cachoeira do Sul oferece aos viajantes uma estação melancólica, em que a designação "terminal" ganha um sentido ambíguo: sempre quando a visito, tenho a sensação de que o mundo está para acabar ou que estamos no dia seguinte ao apocalipse. Uma atmosfera lúgubre, com ares de abandono, onde as pessoas vagam perplexas ou com uma expressão de vazio existencial, sem muita certeza de que estão chegando, partindo ou presas ali para sempre. Mas como nada pode ser absolutamente negativo, a vista do pôr do sol na plataforma é bela quando, cansados de esperar por um ônibus, que talvez não chegue jamais, nos permitimos vasculhar o horizonte em busca de algum sentido nesta vida de eternos passageiros.

    A capital Porto Alegre, ao contrário do que poderíamos esperar, não se sai muito melhor no quesito acolhimento para viajantes rodoviários. Em quase todas as bancas, os preços são abusivos; onde há comida barata, nossos instintos acendem o sinal de alerta e os níveis de toxicidade impregnam o ar com o cheiro de óleos ancestrais. Quanto aos banheiros, melhor evitá-los; mesmo os pagos carecem de limpeza pesada. Feia, ruidosa e tumultuada, a rodoviária porto-alegrense ainda tem bancos que mais se parecem a instrumentos de tortura, para evitar o sono dos exaustos. Há também um simpático café oculto, sobre o qual já troquei impressões com outras pessoas, embora nenhum de nós tenhamos certeza se o lugar existe realmente.

    Da rodoviária de Silveira Martins, sinto saudades de tomar um copo de vinho ao entardecer, quando as notícias da aldeia eram atualizadas enquanto se fiscalizava a chegada e partida dos conterrâneos. Mas o Maninho, sujeito muito amigável que comerciava as passagens e bebidas, conheceu a mulher da sua vida e fechou as portas do estabelecimento. Talvez, seja o final mais feliz possível para uma rodoviária, afinal de contas.

    Ano novo, novas propostas
    Paulo Antônio Lauda
    Cirurgião-dentista e ex-professor da UFSM

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    E mais um ciclo se fechará. Hora de reavaliar o certo e o errado. Arrume a casa, limpe-a, bote coisas inúteis fora. Exerça o desapego. Só entrará coisa nova na sua casa se você criar este espaço. Hora de "afiar o machado" para que nossas tarefas vindouras sejam mais fáceis de serem executadas. É hora de repensar nossas atitudes, o modo como vivemos, e mudar aquilo que não foi bom. É hora de reflexão. E também de valorizar nosso tempo. Ele não volta! Persiga seus sonhos. Insista! Aproveite as boas energias do fim do ano, o espírito do Natal e planeje o futuro. Que venha o Ano Novo! Afinal é tempo de festa e celebração, mas, também, tempo de reflexão, de análise e de recomeço.

     As frustrações e tristezas devem ficar para trás, e, com elas, tirar o ensinamento sempre deixado. Devemos sentir alegria e gratidão por mais um ano vivido. Hoje, somos mais experientes, mais fortes e com mais sabedoria. Vamos nos preparar para o vindouro ano com muito otimismo no coração. O passado já foi e deixou a experiência. O futuro está por vir e a Deus pertence. Vamos melhorar muito o nosso presente. Ele será a mola que irá nos impulsionar para frente. Vamos agradecer ter chegado até aqui após esta pandemia destrutiva que atingiu tanta gente. Sobrevivemos! Precisamos ter fé. Ela transformará o desespero em coragem e esperança. E sejamos convictos de que a vida continua. A vida física é só um mergulho para que possamos nos limpar das impurezas. O que realmente importa é sintonia vibracional. Somos como um rádio, onde nos sintonizaremos de acordo com a frequência escolhida. 

    Aqueles que nos deixaram no plano físico estarão presentes junto a nós quando nossas faixas vibracionais se cruzarem. Nossa nova caminhada terá 365 novas páginas para serem escritas. Então, façamos com carinho e dedicação. Vamos criar metas novas. Podemos até fazer promessas, mas muito esforço para cumpri-las! Seja mais competente consigo neste novo ano. Assim, suas conquistas serão maiores e mais verdadeiras. Deixe boas lembranças em seu caminho. Faça um Feliz Natal e Ano Novo em família ou com amigos queridos! Sou muito grato por tê-los todas as semanas prestigiando minha coluna!

    Obrigado e até o Ano que vem! Para caminharmos melhor, vamos utilizar nossa grande ferramenta de prosperidade e paz, a oração.


    ORAÇÃO DE ANO NOVO!

    Pai todo poderoso!

    "Peço, humildemente, que me conceda um Ano Novo cheio de paz, amor, harmonia, felicidade e prosperidade. Abra os meus caminhos para que eu possa conquistar tudo que tenho planejado e, mais do que isso, que eu possa estar contigo em todos os momentos, pois quero que viva em meu coração e que seja o guia dos meus passos. Que assim seja!"


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