Maioria das bibliotecas devem permanecer fechadas durante greve dos servidores da UFSM; outros setores podem ser impactados

A partir desta quinta-feira (14), os técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) vão entrar em greve por tempo indeterminado. Com isso, alguns serviços da instituição poderão não ter atendimento ou ter alteração nos horários diante das escalas reduzidas.

Até o momento, ocorreu reunião com os servidores que trabalham nas bibliotecas. A maior parte destes locais deve aderir à greve, permanecendo fechados durante a paralisação. Nesta quinta-feira (14) pela manhã, haverá decisão sobre como ficará o funcionamento do Hospital Universitário (Husm) e do Restaurante Universitário (RU) durante a greve.

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– Tivemos reuniões nesta quarta-feira (13) com as bibliotecas. A princípio, a maioria dos servidores vai aderir ao movimento. Aquelas que tiverem equipe com adesão vão fechar. Acredito que 90% (fechem) e apenas uma fique aberta, talvez – relata Alessandra Alfaro Bastos, coordenadora geral da Associação dos Servidores da UFSM (Assufsm).

Além disso, na quinta-feira (14), a categoria tem encontro com o reitor, Luciano Schuch, às 14h, para entregar, em mãos, o ofício de comunicado de greve. Na sequência, às 15h, será realizada uma assembleia geral, no Auditório do Gulerp, para decidir a composição do comando local de greve e eleger os delegados para o comando nacional de greve.

Sindicatos de 55 universidades do país já aprovaram greve

Em todo o país, servidores de 55 universidades já aprovaram greve por tempo indeterminado (conforme a Federação de sindicatos de trabalhadores técnico-administrativos em educação das instituições de ensino superior públicas do Brasil – Fasubra). Segundo Alessandra, depois da categoria ficar sete anos sem reajuste, em 2023, o governo federal aprovou aumento salarial de 9%. A coordenadora conta que, desde então, os técnicos federais estão negociando o reajuste salarial para os próximos anos. A reestruturação da carreira também está em debate. Contudo, até o momento, não houve consenso entre os sindicatos e o governo federal.

O governo Lula havia oferecido reajuste salarial de 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026, mas os trabalhadores pedem 10,34% já neste ano, além do mesmo percentual em 2025 e 2026. A alegação é que, em sete anos sem reajuste, os salários estariam defasados em 52%.

– A nossa proposta foi rechaçada pelo governo federal, que apresentou essa proposta de 9% em duas parcelas em 2025 e 2026. Então, teríamos 0% de reajuste em 2024. Já temos acumulado mais de 50% de perdas salariais pelos sete anos sem reajuste. Hoje, o salário inicial no nível D, que é o assistente em administração, ganha menos que dois salários mínimos. Nossa categoria tem os salários mais baixos do Executivo federal e o governo não está avançando com as negociações – afirma Alessandra.

De acordo com a coordenadora da Assufsm, a expectativa é que, a partir da greve, o governo federal inicie novas negociações para atender os pedidos da categoria.

– Esperamos que, assim como com outras categorias, o governo federal negocie de forma rápida, como aconteceu com o Banco Central, com a Receita Federal, que, em menos de 30 dias houve uma contraproposta que atendia as demandas da categoria. Esperamos que, conosco, aconteça a mesma situação e logo possamos voltar – espera Alessandra.

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