A jornada de quem decide ter o próprio negócio é repleta de desafios que requerem do empreendedor uma resiliência constante, pois vários são os fatores que influenciam e criam um cenário caracterizado por mudanças rápidas e incertezas no dia a dia dos pequenos negócios. Para auxiliar nesse contexto, a 32ª Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios – um estudo bimestral publicado pelo Sebrae RS com última edição em julho – se torna essencial para compreender as complexidades, identificar oportunidades e entender o ambiente que estamos abordando.
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E, claro, serve também para embasarmos o desenvolvimento de estratégias e soluções que melhor atendam às demandas de acordo com as principais tendências. Mas, como estamos hoje?
Panorama recente
No bimestre anterior, 30% das empresas sinalizaram que seus negócios foram afetados devido à redução no poder de compra dos consumidores, dado que vem se repetindo nas últimas pesquisas e que agora se mostra como um dos principais desafios: o número de empreendedores que citaram este fator como decisivo para o desempenho do negócio, que era 37% na pesquisa anterior, agora foi para 43%. Por outro lado, a falta de clientes saiu de 24% para 20% em relação ao último estudo, assim como o impacto dos aumentos dos custos de matérias-primas e insumos, de 22% para 19% no mesmo período, indicando alguns sinais de melhora nestes dois itens.
Sustentabilidade
Diante desse contexto, torna-se crucial estabelecer estratégias que ofereçam produtos e serviços que atendam às necessidades e orçamentos restritos dos clientes e, ao mesmo tempo, manter a sustentabilidade do negócio. Relacionado a isso, observamos a expectativa dos negócios para o próximo bimestre: 57% planejam manter as atividades, enquanto 37% têm planos de expansão. Por isso, se torna imprescindível ser ainda mais criativo, como definir melhores estratégias em preços competitivos, valor agregado ao produto, atração de clientes, eficiência operacional e garantia de uma boa experiência do cliente.
Crédito
Um dado importante é que um percentual significativo de empreendedores, cerca de 27%, buscou crédito no último bimestre, para três principais finalidades: pagamento de dívidas (30%), pagamento de contas (27%) e investimentos em máquinas e equipamentos (20%). Por outro lado, 25% desses empreendedores não conseguiram o crédito desejado, e 10% ainda estão com seus pedidos em análise. Isso ressalta a necessidade de maior agilidade para que esses empreendedores possam acessar crédito quando necessário.
Distrito Criativo Credi
Em Santa Maria, por exemplo, o Distrito Criativo Credi permite acesso ao crédito assistido para sanar diversas necessidades das empresas da cidade. O programa facilita o acesso ao crédito com juros abaixo do valor de mercado, e, ainda, fornece capacitações e consultorias focadas na gestão do negócio, disponibilizadas pelo Sebrae RS. Os valores são disponibilizados de acordo com o porte da empresa: créditos de até R$20 mil, até R$80 mil e até R$150 mil.
Para mais informações, interessados podem acessar o portal: clique aqui.
Pontos Principais da Pesquisa
- A redução do poder de compra segue impactando os negócios no terceiro bimestre de 2023
- Aumento no percentual de empresas que indicam crescimento no faturamento (17%) e na ocupação de pessoas neste bimestre (11%)
- 43% das empresas têm como principal desafio a redução do poder de compra do consumidor. E 29% equilibrar as finanças
- 27% das empresas buscaram crédito no terceiro bimestre. O valor médio obtido por empresa foi de R$ 113,5 mil
- 40% dos empresários estão confiantes na melhoria da situação da economia do Estado. Enquanto, 44% acreditam que não haverá alteração no próximo bimestre
- 55% dos empresários estão confiantes na melhoria do ramo de atividade para o próximo bimestre
- 57% dos empresários têm a intenção de manter as atividades nos próximos 2 meses e 37% expandir o negócio
- 25% dos empresários pretendem buscar financiamento nos próximos dois meses para capital de giro, inovação, pagar dívidas e aquisição de máquinas
- 73% das empresas utilizam os meios digitais para divulgação, 66% para atendimento e relacionamento com clientes, 56% para venda de produtos e serviços
- As principais ferramentas digitais utilizadas para venda são o Instagram, o WhatsApp e o WhatsApp Business
- 29% das empresas não vendem pela internet, mas têm intenção de utilizar este canal. Enquanto 12% utilizam a internet como o principal canal de venda