Considerando o atual contexto econômico, a 34ª Edição da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae RS, oferece insights valiosos sobre o cenário dos empreendimentos em nosso estado.
Realizada no mês de novembro e disponível no Data Sebrae, o relatório indica os principais dados do bimestre de setembro e outubro para os negócios em nosso estado. A base de informações é fundamental para uma leitura do contexto atual, indicando as principais perspectivas para uma boa tomada de decisão e, até mesmo, compreensão dos fatores que continuam causando efeitos.
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Itens que mais afetaram os negócios
A redução do poder de compra dos clientes foi apontada por 50% das empresas como um fator determinante. Esse índice apresentou um aumento significativo em comparação com o 4º bimestre (32%). Isso indica uma diminuição na capacidade dos consumidores em adquirir bens e serviços, impactando diretamente as vendas e receitas das empresas.
A falta de clientes também se mostrou uma preocupação expressiva para as empresas (passou de 24% no 4º bimestre para 34% no 5º bimestre). A conjuntura de falta de clientes pode estar associada à redução do poder de compra, indicando um ciclo interligado de desafios.
Outro ponto de destaque foi a alta dos custos, abrangendo matéria-prima, insumos, combustível, energia, entre outros. Cerca de 34% das empresas mencionaram esse aspecto como um impacto negativo no 5º bimestre, uma considerável elevação em relação ao 4º bimestre (17%). Essa variação pode ser atribuída a diversos fatores, como instabilidades geopolíticas, variações cambiais e crises setoriais.
A instabilidade política também foi um elemento relevante citada por 28% das empresas no 5º bimestre, em comparação com 7% no 4º bimestre. Mudanças políticas e incertezas podem gerar insegurança no ambiente empresarial, impactando decisões de investimento e estratégias de crescimento.
O endividamento do negócio, embora com uma porcentagem menor em comparação com outros fatores, ainda foi citado por 11% das empresas no 5º bimestre, representando um leve aumento em relação ao bimestre anterior (8%).
Chuvas que afetaram o Estado – Além dos fatores mencionados anteriormente, é importante ressaltar que as condições climáticas tiveram um papel significativo, representando 26% do total. Eventos climáticos extremos podem prejudicar as operações, aumentar custos e impactar a produção e distribuição de bens e serviços.
Faturamento
No último bimestre, o percentual de empresas sinalizando estabilidade no faturamento apresentou um leve aumento (de 40,9% no 4º bimestre para 41,3% no 5º). Por outro lado, o percentual dos que indicaram aumento no faturamento ficou estável com pequena redução de 0,2% (o 4º bimestre foi de 17,2%). Para aquelas empresas que indicaram aumento de faturamento, foi sinalizado que é de até 30% para 88% dos respondentes.
Pontos principais da pesquisa
• A redução do poder de compra e a falta de clientes segue impactando os negócios no 5º bimestre de 2023. As condições climáticas tiveram um papel relevante neste bimestre, impactando 26% das empresas
• Manteve-se estável o percentual de empresas que indicaram aumento no faturamento
• Aumento no percentual de empresas que sinalizaram crescimento na ocupação
• 48% das empresas têm como principal desafio a redução do poder de compra do consumidor. E 42% equilibrar as finanças
• 27% das empresas buscaram crédito no quinto bimestre. O valor médio obtido por empresa foi de R$ 94,7 mil
• 47% dos empresários estão confiantes na melhoria da situação da economia do Estado. Enquanto 41% acreditam que não haverá alteração no próximo bimestre
• 58% dos empresários estão confiantes na melhoria do ramo de atividade para o próximo bimestre
• 63% dos empresários têm a intenção de manter as atividades nos próximos 2 meses e 32% expandir o negócio
• 30% dos empresários pretendem buscar financiamento nos próximos dois meses para capital de giro, aquisição de máquinas, pagar dívidas e inovação
• 76% das empresas utilizam os meios digitais para divulgação, 70% para atendimento e relacionamento com clientes, 57% para venda de produtos e serviços
• As principais ferramentas digitais para venda são Instagram, WhatsApp Business e WhatsApp
Crédito
A pesquisa indicou que 73% dos empreendedores não buscaram financiamento para seus negócios. Por outro lado, 27% recorreram ao crédito, destes: 59% conseguiram financiamento, 26% não conseguiram e 15% estão em análise.
Os principais destinos dos financiamentos foram para pagamento de dívidas e contas e aquisição de máquinas e equipamentos.
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