Cordialidade e simbologia na visita de Lula no RS

A primeira visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Rio Grande do Sul, na sexta-feira, foi marcada por cordialidade. Na entrega de casas em loteamento no município de Viamão, na Região Metropolitana, os gestos e discursos foram pautados pela convergência.

 
Ao ser anunciado para discursar, o prefeito da cidade anfitriã, Nilton Magalhães, do PSDB, começou a ser vaiado e chamado de “fascista” por militantes, principalmente da esquerda, que acompanhavam o ato. Logo, um dos convidados sentado na segunda fila do palanque fez sinal para parar. Lula também fez um leve gesto com a mão com o mesmo apelo.

Já o governador Eduardo Leite (PSDB) foi aplaudido e destacou que são de “partidos diferentes”, mas que o importante são os interesses da população. “A gente tem opiniões diferentes, a gente tem partidos diferentes, agora é importante encontrar momentos de convergências em favor da população que mais precisa”, afirmou o tucano.

O presidente também usou um tom parecido: “Quando venho ao Rio Grande do Sul, eu não quero saber de que partido é o governador, eu tenho que manter a relação mais civilizada com ele”.

Outro momento em que as diferenças ideológicas se reuniram em nome dos interesses do Estado foi durante almoço no Piratini em que estavam políticos de esquerda, direita e centro, entres eles os ex-governadores Olívio Dutra e Tarso Genro, do PT, Jair Soares, do Progressitas, e Germano Rigotto, do MDB. Também teve um momento simbólico para um Estado conservador: o governador e seu namorado, Thalis Bolzan, receberam na porta do Piratini  Lula e a primeira-dama Janja Silva.

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