Claudemir Pereira

Já é certo para 2024: ninguém que concorreu a prefeito vai outra vez

Dos seis candidatos a prefeito de Santa Maria há três anos nenhum disputará o mesmo cargo em 2024. Ao que tudo indica, além de Jorge Pozzobom, do PSDB, que está fora porque cumpre o segundo mandato, e Luciano Guerra, do PT, que já anunciou a ausência, os demais podem estar na urna, mas como candidato a vereador ou, quem sabe, a vice-prefeito.

 
Que se diga, todos os concorrentes a vice-prefeito em 2020, com a exceção de Rodrigo Decimo (então no PSL), também estão, em princípio, fora da disputa majoritária ou mesmo a qualquer cargo. A seguir você tem um resumo da situação eleitoral.

 
Relembrando 2020, eram seis os candidatos a prefeito. A saber, com suas votações obtidas no primeiro turno: Jorge Pozzobom, PSDB, com Rodrigo Decimo, hoje no União Brasil, de vice (33.080 votos); Evandro Behr, hoje no PP, com Carla Kowalski, ambos do Cidadania (7.369); Jader Maretoli, hoje no PL, e Maria Helena Rodrigues, os dois do Republicanos (12.901); Luciano Guerra, PT, com Marion Mortari, do PSD, de vice (31.843); Marcelo Bisogno, então no PDT, hoje no União Brasil, com Fabiano Pereira, PSB, de vice (12.515); e Sergio Cechin, PP, com Francisco Harrisson, MDB, de vice (35.218 votos).

 
Como se sabe, as dobradinhas Pozzobom/Decimo e Cechin/Harrisson se qualificaram para o segundo turno daquele pleito. E a aliança PSDB/PSL suplantou, com diferença significativa, a coligação PP/MDB. Foram, na etapa final, 71.927 votos contra 53.616.

 
Passados três anos, como fica a situação desses 12 nomes para 2024? Algo é certo: nenhum dos candidatos a prefeito irá disputar o mesmo cargo. Além dos já citados, na abertura do texto, o tucano Jorge Pozzobom e o petista Luciano Guerra, o que sucederá aos demais?

 
O pepista Sergio Cechin, embora tentativas, por enquanto no campo retórico, de colocá-lo como vice (veja nota nesta página), a tendência é que concorra a vereador. O mesmo deve acontecer com Marcelo Bisogno, hoje no UB, do qual é presidente, Jader Maretoli, pelo PL, e talvez Evandro de Barros Behr, pelo PP.

 
E dos candidatos a vice-prefeito, em 2020? Tem-se como certo que Maria Helena Rodrigues e Carla Kowalski a nada concorrem. Marion Mortari deve tentar um retorno à vereança, mas não será pelo PSD, como ele próprio já garantiu, dias atrás. Rodrigo Decimo, que era vice, sim, concorre a prefeito. Não se sabe, ainda, por qual sigla, mas tende a ser o PSDB.

 
E, por fim, as grandes dúvidas, entre os ex-candidatos a vice: Fabiano Pereira, do PSB, e Francisco Harrisson, do MDB. Os partidos a que pertencem, gostariam que concorressem, com certeza. A vereador, que fosse. Mas ainda não há sinais claros sobre o futuro eleitoral de ambos.


O encontro do PDT/SM e as palavras de João Luiz Vargas

PDT SE REÚNE – A Comissão Provisória que dirige o partido na cidade será formalmente apresentada nesta segunda, 11. É o primeiro ponto da pauta do “Encontro Trabalhista PDT-SM”, que ocorre a partir das 19h, no Clube Santamariense.  


O comando que tem Paulo Burmann na presidência se apresentará à militância, que tem sido convidada via redes sociais, inclusive com um slogan inflamado: “vamos reacender a chama do trabalhismo no município!”.

 
Mais que apresentar os dirigentes, o encontro servirá para outras pautas estratégicas do pedetismo. Entre elas a “renovação de filiações” e a discussão do “projeto municipal do desenvolvimento”. Cá entre nós, essa expressão remete inevitavelmente ao pleito de 2024 e ao comportamento do PDT.

FALA, JOÃO LUIZ – Depois da convenção estadual, da qual foi um dos fiadores, ao fazer acordo com os adversários internos, o prefeito de São Sepé deu uma declaração reproduzida pela Coordenação Regional do PDT. É particularmente interessante o que ele fala sobre Santa Maria e 2024.

 
Vale acompanhar: “a vereadora Luci (Duartes), assim como outras lideranças de Santa Maria, como Marionaldo Ferreira e Vicente Bisogno já estavam participando da nossa mobilização. O pensamento de Paulo Burmann também sempre foi de maior participação do interior e valorização dos pedetistas nas decisões estratégicas em nível estadual. Seria equivocado não incluir o PDT de Santa Maria nesse processo, e Luci, que estava na nossa chapa, acabou sendo conduzida para a direção de consenso.

Nossa ideia é fortalecer o trabalho do presidente Burmann... Estamos todos afinados, e agora unidos no mesmo propósito de ser protagonistas na eleição majoritária, aumentar a bancada e retomar a força do trabalhismo na Boca do Monte...”


“Nas bordas” do PP, se discute, sim, um parceiro para Riesgo

É incipiente, ainda, pode-se dizer. Mas se trata de situação que alguém chamou de embrionária. O fato é que se discute, em alguns setores do PP interessados na aliança com o Novo, tendo Giuseppe Riesgo na cabeça, um nome experiente para ser colocado como vice.

 
E aí desponta, com léguas à frente de qualquer outro, o ex-vice-prefeito e parlamentar de vários mandatos, Sergio Cechin, ex-candidato a prefeito no pleito passado.

 
Se identificam dois óbices importantes, embora não necessariamente definitivos, para a ideia vingar – e sempre supondo que Riesgo concordaria, o que é dado como provável.

 
O primeiro seria a retração do próprio Cechin, por mais importante que seja, bem mais interessado em pavimentar com ainda maior solidez sua própria candidatura a um novo período no Legislativo.
E o segundo, veja só, seria interno. Haveria, no PP, grupo interessado em reeditar aliança com o MDB, só que trocando os papéis, com o emedebista Beto Fantinel na cabeça da chapa. Neste caso, porém, parece que restaria “combinar com os russos”. Afinal, não falta (aliás, sobra) quem considere que este tipo de aliança seria “esquerdista demais”. Ora, pois, “direi estrelas...”, seria o caso de parafrasear Olavo Bilac.



Luneta

NA CORRIDA

Deputados federais estão “correndo”. Precisam acertar as mudanças que pretendem fazer nas regras eleitorais até 6 de outubro, o prazo máximo para que vigorem já no pleito de 2024. Ah, e depois da Câmara, ainda tem o Senado, para que virem lei. Entre as mudanças projetadas estão a diminuição da cota feminina (hoje 30% do total de candidatos) e o aumento da verba do fundo partidário para a campanha.

SOLIDA​RIEDADE

Previsto para quarta-feira, foi suspenso o regabofe que festejaria o “niver” de Valdeci Oliveira. A razão foi a solidariedade para com as famílias gaúchas vítimas da chuva. Nova data será marcada, é o que se anuncia. Quem sabe com a presença, que não ocorreria dia 6, do ministro Paulo Pimenta. Agora, a grande estrela da festa, além do aniversariante, seria José Farret, pré-candidato a vice-prefeito.


A CERTEZA

Os corredores (e gabinetes) do Palacete da Vale Machado não param de sussurrar. O tema é a sucessão na Mesa Diretora e os conchavos em andamento. De tudo, uma única certeza: qualquer que seja a composição, a presidência ficará mesmo com Manoel Badke (foto), do UB. Além de qualificado para o cargo, não concorre à reeleição, o que facilita bastante os arranjos que se cochicham nos desvãos da Câmara.


A MULTA

Está na edição de quarta-feira, dia 6, do Diário Oficial do Estado. A Agergs rejeitou recurso da Corsan, contra multa de R$ 532.613,77, aplicada pela prefeitura de Santa Maria no início deste ano. Com isso, as burras municipais da boca do monte devem ver incorporado esse valor. Como a decisão já está valendo, cabe a pergunta claudemiriana: quem paga? A vendida estatal ou a compradora Aegea?

PARA FECHAR!

Proseando com lideranças, uma delas da primeira prateleira, se fica sabendo que há certa descrença com nomes postos para bater suposto favoritismo do petista Valdeci Oliveira. Daí surgirem opções extra-política, para tentar galvanizar o eleitorado. Após Marcelo Arigony, citado aqui semana passada, surge outra figura correta e bem avaliada na cidade. No caso, o magistrado Ulysses Lousada. A conferir.

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