A grande vantagem dos candidatos à Câmara que têm chapa majoritária

A grande vantagem dos candidatos à Câmara que têm chapa majoritária

Foto: Marcelo Martins (Divulgação)

O eleitor comum talvez se veja no direito de perguntar: afinal, por que o partido tal apresenta candidato a prefeito ou mesmo se esforça para garantir lugar como vice em alguma chapa majoritária, tão competitiva quanto possível? Mesmo que, quem está fora percebe, não há chance real de vitória.



Pois há várias razões para essa atitude política. Uma delas é a noção de que, afinal de contas, os militantes acreditam mesmo ser possível chegar à vitória, mesmo que à maioria pareça improvável.

 
E a segunda, esta bem mais objetiva, é garantir visibilidade ao partido, que ganha espaços, por menores que sejam, na mídia escrita e no trololó eletrônico. E, com isso, ajuda a eleger bancada parlamentar.

 
É fato; não uma especulação. Tome-se, para exemplificar, o pleito municipal de 2020. Apenas dois (10%, em percentual redondo) dos parlamentares não tinham a sua sigla em alguma chapa majoritária. No caso, o comunista do B, Werner Rempel, e o então demista Manoel Badke, hoje ainda no União Brasil.

 
Simplificadamente, ambos se elegeram a uma cadeira no Palacete da Vale Machado por conjugação rara: o primeiro por conta de outra candidata muito forte e que fez uma imensidão de votos (Maria Rita Py); o segundo por estar em chapa com vários nomes com boa média de votos, o que é algo bastante raro.

 
Os outros 19 eleitos, afora o próprio desempenho, possuiam nomes para prefeito ou vice a sustentá-los. Confira você mesmo, a seguir, por chapa à Prefeitura: 

 
Jorge Pozzobom (PSDB) / Rodrigo Decimo (PSL) - Os tucanos garantiram três vagas no parlamento, com Admar Pozzobom, Givago Ribeiro e Juliano Soares. E os pesselistas, que não mais existem mais como partido, elegeram Tony Oliveira, hoje no Pedemos.

 
Sérgio Cechin (PP) / Francisco Harrisson (MDB) - A aliança chegou em segundo lugar na disputa para prefeito, mas, somada, tem a maior quantidade de edis: os pepistas Pablo Pacheco, João Ricardo Vargas, Anita Costa Beber e Roberta Leitão; e os emedebistas Adelar Vargas, Rudys Rodrigues e Tubias Callil.

 
Marcelo Bisogno (PDT) / Fabiano Pereira (PSB) - A dobradinha, com certeza, é uma das grandes responsáveis pela eleição de três vereadores: a pedetista Luci Duartes e os socialistas Paulo Ricardo Pedroso e Danclar Rossato.

 
Luciano Guerra (PT) - ajudou a eleger os três parlamentares petistas Valdir Oliveira, Ricardo Blattes e Marina Callegaro.

 
Jader Maretoli (Republicanos) - teve dois edis eleitos, Alexandre Vargas e Getúlio de Vargas.

 
Atenção: embora os dados confirmem a importância de ter candidato majoritário, essa circunstância pode ser insuficiente. Pelo menos dois partidos apresentaram candidato a prefeito, o Cidadania então com Evandro Behr, e a vice, o PSD com Marion Mortari, em dobradinha com o PT, e ambos ficaram de fora do parlamento.



+ Entre no canal do Diário no WhatsApp e confira as principais notícias do dia


Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

imagem Claudemir Pereira

POR

Claudemir Pereira

Votos na legenda, somados e sozinhos, elegeriam um edil Anterior

Votos na legenda, somados e sozinhos, elegeriam um edil

Líderes do Republicanos, PP e União Brasil suspiram aliviados Próximo

Líderes do Republicanos, PP e União Brasil suspiram aliviados