
Muito ainda se discute sobre a possibilidade de existir vida inteligente fora da Terra. A propósito disso, os nossos antepassados diziam que, a olho nu, sem o uso de nenhum aparelho, poderiam ser contadas as estrelas do céu. Ao iniciar, porém, o estudo dos astros por meio de aparelhos mais sofisticados que as antigas lunetas dos astrônomos, o homem descobriu que o Universo era um pouco maior do que imaginava. Aliás, bem maior! Ou melhor, infinitamente maior. No final dos anos 80, foram descobertas mais de 20.000 galáxias até então desconhecidas. Hoje, a ciência calcula entre 100 a 200 bilhões delas no somente no Universo observável. Mas, a grande descoberta viria em outubro de 1998, quando o telescópio Hubble trouxe imagens que desafiam, até hoje, a compreensão humana. As lentes dessa fantástica máquina de fotografar trouxeram imagens de galáxias cujas luzes viajaram através do espaço, simplesmente, 12 bilhões de anos para chegar até nós. Isso significa dizer que as imagens registradas pelo telescópio é uma fotografia de um passado tão remoto que, segundo os astrônomos, quando a luz foi emitida faltavam ainda cerca de 7 bilhões de anos para a formação da Terra e o surgimento do nosso sistema solar. Incrível, não é?
Fruto dessas descobertas da ciência, fica uma pergunta intrigante. Qual seria a razão de tantos astros e galáxias no Universo? Seria somente para o homem brincar de descobrir ou para os enamorados fazerem juras de amor com o espetáculo das noites estreladas? Claro, com certeza absoluta, que não é nem para um nem para outro caso, pois que na criação de Deus, tudo é precedido de um motivo útil, de uma razão de ser. Ainda que contra a vontade de muitos, à medida que os anos passam, vamos descobrindo, na prática, que o Universo é ilimitado, ainda que alguns cientistas insistam em falar nas "fronteiras do Universo". Em face de todas essas descobertas, surge, então, a pergunta inevitável: será que estamos sós no Universo, infinito, diga-se de passagem? Será o nosso planeta o único astro a abrigar vida inteligente? E a resposta para quem se digne a analisar o assunto sem fanatismos e emocionalidade científica e principalmente religiosa, chegará à conclusão lógica de que não. É claro, é mais do que claro, é cristalino, é mais do que cristalino, é evidente que existe vida em outros astros nesse espaço sideral sem fim. Muitos outros mundos que gravitam neste Universo infinito deverão ser habitados, inclusive por seres sem as mesmas necessidades de oxigênio, água e outros ingredientes necessários à vida que conhecemos. Será que não poderão existir mundos em que seus habitantes conheçam além das nossas conhecidas três dimensões? Será que não poderão existir mundos em que a matéria não seja tão densa e grosseira como a que conhecemos aqui na Terra? Por que não? Se pensarmos que somos o único ser inteligente capaz de ser criado por Deus, estaremos comparando o Criador ao padeiro que sabe fazer só um tipo de pão.
Por tudo isso, não creio, sinceramente, que você acredite que a Terra seja o centro do Universo e nem que a "casa do Pai" seja o paraíso. O mais lógico, sem dúvida, é que seja o Universo, esse mesmo Universo que o homem, a todo o momento, fruto de novas descobertas, precisa refazer os cálculos do seu tamanho e, a continuar nessa marcha, o estará recalculando, ainda, daqui a cem, mil, um milhão de anos. Talvez, a partir daí, possamos entender, sem fanatismos, com clareza e sem diversas interpretações ideológicas, o verdadeiro significado das palavras de Jesus quando disse: "Na casa de meu Pai existem muitas moradas".