colunista do impresso

O melhor de mim

Neste último final de semana, num encontro de amigos, dentre vários assuntos, o principal foram os relacionamentos, mais especificamente, como determinadas pessoas conseguem tirar o melhor e outras, o pior de nós. Muitas foram as teorias e explicações para as nossas mudanças de comportamento, ao longo de nossas vidas, pois sabemos que a conduta correta ou incorreta surge em meio às diversificadas e circunstâncias, por estarmos de bem com a vida ou em momentos de muito estresse.

Por outro lado, todos conhecemos alguém, algum amigo ou familiar, que teve sua vida modificada em decorrência de uma nova relação, que pode ter surgido por meio do nascimento de um filho ou neto, de um namoro, de uma amizade ou mesmo pela aquisição de um animal de estimação. Algumas pessoas que se anularam, ficaram mais reclusas, mais caladas, com fisionomia muitas vezes triste, em decorrência de uma nova relação. Outras, ao contrário, ficaram mais extrovertidas, comunicativas e passaram a interagir mais com os outros. Pessoas que modificaram sua forma de se relacionar com o mundo, em decorrência de uma nova vivência, demonstrando comportamentos totalmente opostos aos até então conhecidos.

Estudos já comprovaram que ninguém é totalmente bom ou mal, que todos temos um pouco de bondade e maldade, e que determinadas pessoas, animais ou fatos conseguem despertar em nós sentimentos que estão adormecidos e consequentemente, quando estimulados, provocam as mudanças de comportamento. Analisando nossas relações interpessoais, chegamos à conclusão de que nossos comportamentos variam de acordo com o tratamento a nós dispensados pelas pessoas que interagimos e, como resposta, damos o nosso melhor ou pior.

As pessoas ou mesmo animais que nos cativam, com as quais estabelecemos uma relação de carinho, onde existe uma conexão de pensamentos, que na maioria das vezes independem de palavras, em que a comunicação ocorre apenas com o olhar, com certeza recebem em troca o nosso melhor. Não tem como não demonstrar carinho, por exemplo, para uma criança que, sem mesmo nos conhecer, sorri, ou mesmo afagar a cabeça de um cachorro que pula de alegria quando percebe a nossa presença.

Diz a neurociência que o inconsciente governa o nosso coração, os movimentos, a visão e a audição e nos permite andar falar e reagir sem parar para pensar a cada palavra ou movimento. Portanto, quanto mais compreendemos as motivações subliminares, melhor nossa mente consciente poderá fazer julgamentos acertados. Assim, devemos, escolher e priorizar, conscientemente, os relacionamentos que atraem apenas sentimentos positivos, que conseguem nos tornar pessoas melhores, mais humanas, carinhosas e solidárias, que exploram e mostram somente o melhor de cada um de nós.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

'O sofrimento é inerente à imperfeição' Anterior

'O sofrimento é inerente à imperfeição'

O melhor de mim Próximo

O melhor de mim

Colunistas do Impresso