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Lojas e empresas reclamam da volta da cobrança da passagem integrada

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Marcelo Oliveira (Especial/Diário)

Empresários e entidades do setor de Santa Maria estão preocupados com o fim da isenção da tarifa na passagem integrada do transporte coletivo de Santa Maria. A mudança, que entrou em vigor no sábado, prevê que o passageiro que usa dois ônibus para ir de casa para o trabalho, por exemplo, pague R$ 4,20 no primeiro ônibus e R$ 2,10 no segundo coletivo. Até então, essa segunda passagem era de graça. A queixa do empresariado é grande porque, segundo as entidades, elas não foram consultadas antes pela prefeitura sobre essa mudança, que vai impactar nos custos das empresas.

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- O prefeito diz que é do diálogo, mas não ouviu ninguém e mudou. Podia ser discutido antes. A gente sabe que as empresas de ônibus do país sofrem muito desde 2020, com queda de passageiros. Nada mais justo do que ter reajuste da tarifa. Agora, manter a passagem e colocar na conta de quem paga o vale-transporte aos trabalhadores é uma jogada política. O prefeito não arca com o desgaste de aumentar a tarifa. Agora, o empresário, se tiver de contratar uma pessoa que mora longe e precisa de dois ônibus, não vai contratar, pois terá um custo maior - diz o presidente da Cacism, Luiz Fernando Pacheco.

Um lojista comentou que só ele terá um custo extra de R$ 3 mil mensais ao passar a pagar a passagem integrada e diz que a situação é muito difícil, pois ainda sofre com a crise provocada pela pandemia.

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A reclamação é semelhante por parte do presidente do Sindilojas, Ademir José da Costa.

- Também fomos pegos de surpresa. A prefeitura poderia ter discutido antes com a gente, que conhece a realidade e sabe dos impactos. Quem acabará sendo penalizado é o trabalhador. Lamento que a prefeitura repetiu o erro, de decidir intempestivamente, sem se dar conta dos reflexos dessa medida.

Em nota, "a prefeitura de Santa Maria esclarece que vem empreendendo grande esforço para evitar um possível colapso no sistema do transporte público municipal, o que afetaria a todos os seus usuários, principalmente os trabalhadores que dele dependem para se locomover e desempenhar as suas atividades. Diante do quadro em todo o país, e não só em Santa Maria, o Executivo anunciou medidas para tentar mitigar a crise e garantir a manutenção de um serviço que é considerado essencial e manteve o valor da passagem em R$ 4,20. Em relação à alteração na cobrança da passagem integrada, o que elevaria os custos das empresas no que diz respeito ao vale-transporte, a prefeitura está ciente disso e esclarece que a medida foi tomada para que o impacto seja o menor possível, visto que apenas 10% dos usuários do transporte público municipal utilizam a passagem integrada, em vez de ter que aumentar o valor da tarifa, o que impactaria em parcela bem maior do número de usuários do sistema. O Executivo vem mantendo diálogo com as entidades envolvidas e tomou essa decisão com o único propósito de assegurar a manutenção do serviço à população."


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