claudemir pereira

Giuseppe Riesgo já decidiu: fica mesmo no Novo e vai à reeleição

Giuseppe Riesgo não é mais novidade. Afinal, chega ao quarto ano de seu primeiro mandato com presença ativa nos fatos políticos do Estado, do ponto de vista liberal - que é a defesa feita por ele e seu partido, o Novo. A questão é, agora, o que fará no ano eleitoral - depois de ter sido uma surpresa (pelo menos para os observadores) surgida das urnas eletrônicas de 2018. Sairá do atual partido aderindo a outro e por este concorrendo a novo mandato de deputado estadual? Aliás, e será candidato, mesmo? As respostas às perguntas ele oferece nessa curta, mas pra lá de elucidativa entrevista eletrônica que concedeu ao colunista, nesse princípio de 2022.

Confira, na íntegra:

Claudemir Pereira - O ano de 2021, segundo o noticiário, não foi exatamente isento de conflitos no Novo, o seu partido. O que explica isso e como fica, tendo em vista a eleição do próximo mês de outubro?

Giuseppe Riesgo - Em todo partido existem diferentes visões e opiniões divergentes, o que é completamente natural. No Novo seguimos uma linha mestra de pensamento, pautada pela defesa do cidadão, buscando um estado com menos impostos, menos burocracia e mais liberdade. As pequenas diferenças não impactam a eleição deste ano.  Seguimos buscando candidatos que representem esses valores e que os defenderão após eleitos. Todos que quiserem concorrer pelo Novo serão bem vindos ao processo seletivo de candidatos, que ainda está aberto.

CP - No caso do Rio Grande do Sul, o partido terá candidato ao Governo do Estado e ao Senado? E a possibilidade de um nome santa-mariense permanece?"

Riesgo - É o que queremos. Temos interessados a concorrer para ambos os cargos. Para o Senado, há a possibilidade do Marcel van Hattem. Ainda não definimos os nomes, que serão anunciados nos próximos meses. O processo seletivo (tanto para governador, quanto para senador e deputados) foi prorrogado para março, momento em que acreditamos será feito o anúncio de todos os nossos candidatos. Queremos ter uma chapa grande e forte para bem representar nossos eleitores.

CP - Por fim, o seu caso pessoal. Confirma que é candidato à reeleição para novo  mandato à Assembleia Legislativa? E o assédio do Progressistas (PP) tem chance de fazer com que o senhor deixe o Novo? 

Riesgo - Sim, sou candidato à reeleição. Como já disse anteriormente, fico feliz em ver que a qualidade do meu trabalho é reconhecida, visto os diversos partidos que entraram em contato comigo para fazer convites. O PP é um deles, assim como o MDB, União Brasil, Podemos e etc. No entanto, sou do Novo e prefiro não falar sobre tais especulações.


Pozzobom não concorre este ano, e Admar e Givago são a bola da vez

Aquilo que já se imaginava (este colunista, por sinal, como os leitores já sabem há um tempão, nunca duvidou disso) está confirmado: Jorge Pozzobom não renunciará ao mandato de prefeito municipal antes de completar dois anos para ser candidato ao que fosse, em outubro deste 2022. Ele próprio confirmou essa sua decisão no último programa "Sala de Debate" de 2021 - na rádio CDN e na TV Diário - mandando de vez às cucuias as especulações, aliás alimentadas, não raro, por tucanos daqui, dali e d'alhures. Seria uma aventura, ao lado de permitir que lhe fosse jogada, graciosamente, a pecha de "abandonador da cidade" que o elegeu para quatro anos. Assim, o sonho de voltar a ser deputado, de preferência federal, fica adiado até 2026.

De todo modo, o anúncio de Pozzobom traz outra consequência bastante objetiva: quem vai representar o tucanato santa-mariense na disputa parlamentar deste ano? Outro dia, como a coluna relatou, Admar Pozzobom (que sem o irmão na disputa fica mais liberado para concorrer) já deu o seu pitaco a respeito, assumindo-se como pré-candidato à Assembleia, num encontro de final de ano do setor feminino do PSDB.

De outro lado, Givago Ribeiro contava, antes de assumir como vereador, com a simpatia de setores graúdos da agremiação na boca do monte, como potencial concorrente ao parlamento gaúcho. Um dirigente atual da sigla, com o qual o escriba papeou, ainda antes do final de 2021, disse que os tucanos terão candidato, sim. E tanto para a Assembleia quanto para a Câmara dos Deputados. E mais: ninguém ficará "a pé", como aconteceu com João Chaves, candidato em 2018 e que foi largado à beira da estrada eleitoral. O certo é que, se o PSDB tiver dois candidatos, serão justamente Admar e Givago. Um a estadual, outro a federal. E se for tão somente um, Admar Pozzobom larga na frente. Qualquer outra possibilidade será mera especulação. E ponto.


Na disputa pela única vaga ao Senado, emoção garantida


Tende a ser pra lá de emocionante, e se diz isso há muito, a disputa pela única vaga disponível ao Senado, pelo Rio Grande. Ocupada pelo radialista Lasier Martins (eleito pelo PDT, mas hoje no Podemos), tem nele um dos mais fortes concorrentes, mas não o único. Há quem diga que, em circunstâncias normais, se fosse candidato, o tucano Eduardo Leite seria favoritaço. Da mesma forma, Beto Albuquerque, do PSB, que chegou perto em 2018 e teria todas as chances agora - ainda mais se fosse apoiado pelo PT, num acordo que tornaria Edegar Pretto o candidato dos dois partidos ao Piratini.

As duas hipóteses, no entanto, ao menos por ora estão descartadas. Leite insiste em não concorrer a qualquer cargo e Beto é assumidamente pré-candidato ao governo. Ainda assim, sem eles, se sugere uma disputa pra lá de acirrada, com as candidaturas de partidos fortes como o PT (quem?), MDB (que pode ser José Ivo Sartori ou José Paulo Cairoli ou Alceu Moreira ou Gabriel Souza - os três últimos pretendentes ao Piratini), do PSDB (Ranolfo Vieira Jr, se não concorrer a governador ou vice) e Ana Amélia Lemos (hoje no PP, mas possível candidata pelo PSDB). Outras possibilidades virão, por certo, inclusive do indefinido PDT. De todo modo, independente de quem ou quais concorrentes, a emoção está garantida.

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