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Carta às mulheres advogadas

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Por primeiro, pois justo e meritório, minhas francas e efusivas congratulações a cada colega advogada, sobremaneira às da região central do Rio Grande, com especial carinho e gratidão àquelas daqui de Santa Maria mas, por obviedade, extensivas a todas as valorosas e altivas mulheres que desempenham apaixonadamente o ofício que compartilhamos, todos os dias, pelo Estado e pelo Brasil.

Sim, me reporto ao transcorrido último dia 15, que alude e comemora ao Dia Nacional da Mulher Advogada mas, por Justiça (sempre ela), tenho de ir além, pois é até uma obrigação por quem, como eu, testemunha visual e presencialmente, há tantos anos, o tanto de afinco e proficuidade que aplicam ao seu cotidiano profissional. Tudo isto, em acréscimo da contribuição institucional objetiva, corajosa e indispensável à OAB, por aquelas centenas de advogadas que, sinceramente, não compreendo como conseguem zelar por seus lares e famílias, escritórios e perspectivas privadas e, ainda por cima, sem sequer um tisnar de desânimo, por comprometimento moral, serem protagonistas das conquistas da classe e da cidadania ao se doarem voluntária e graciosamente a esta instituição que carrega a pesada, mas honrosa missão de cuidar da Advocacia e da cidadania.

Minha ode e louvor, públicos e expressos novamente, às diretoras, conselheiras, presidentes e componentes das quase 30 Comissões da OAB santa-mariense, sem quem, eu e todos sabemos, a instituição não portaria o conceito e a envergadura que ostenta a cada vez que a bandeira da nossa entidade é içada em nossa Casa e o nome da entidade é evocado por nossos conterrâneos. Minha especial e afetuosa gratidão e menção à local Comissão da Mulher Advogada!

E tudo, a todos os momentos, sob o jugo das barreiras, ora deflagradas, ora dissimuladas, nascentes de atávicos preconceitos de gênero por quem, apesar da ciência e das provas diuturnas de suas fortalezas, insiste desarrazoada, irracional e por vezes até inconscientemente, descrê das suas potencialidades e competências indispensáveis à evolução da instituição, do País e da humanidade. Coitados! Mal sabem esses que lhes subestimam que os pretensos obstáculos opostos só fazem agigantar as suas vontades, fortalecer os seus ânimos e glorificar e embelezar ainda mais as suas vitórias e conquistas que, convenhamos, avançam todos os dias.

Hoje, defendendo a dignidade, a honra, a saúde, a vida, a liberdade e o patrimônio dos Brasileiros e Brasileiras, as mulheres Advogadas e estagiárias já contam 630 mil, assim, 50% de nós e, foi por obra desta força motriz que o Conselho Federal da Ordem, em seu usual e histórico vanguardismo pátrio instituiu determinação pela paridade dos gêneros em toda e qualquer chapa que pretenda concorrer em nossas eleições.

Trata-se, pois, de reconhecível e considerável avanço efetivo, o que é perceptível, pois além de servir senão de exemplo, de inspiração a outras instituições, públicas ou privadas, é materialização da intolerância da Advocacia de todos os recantos do Brasil diante do por aí afora estacionário, rechaçável, asqueroso e desinteligente preconceito a desperdiçar a força das mulheres na lapidação da sociedade civil organizada, das corporações, dos órgãos públicos e, assim, da República e da nação. Nós não! As queremos e necessitamos de vocês ao nosso lado!

E ao também termos lutado pela conquista da paridade, nada concedemos mas, afinal, confessamos o quanto precisamos das mulheres Advogadas irmanadas conosco nas trincheiras das inúmeras batalhas que a Advocacia trava e travará, sempre, guardando a classe e o Brasil.

Doravante, com ainda mais vigor, obrigado por terem sempre estado, e por continuarem ladeando, ainda mais fortes, conosco!

E por já ser previsível, antecipo agradecimento pelo que logo adiante certamente virá: obrigado por nos nortearem, tão bem norteados.

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