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Boas e bons

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Não me adianta intentar desviar a conversa. A pauta que se me impõe neste momento refere às eleições que se avizinham. A alternativa mais aproximada seria a da pandemia e, sobre esta, me nego a discorrer ou discutir mais pois, vou sim, simplesmente, acatar os entendimentos científicos mais aquilatados, ainda que transitórios e mutáveis e atender aos comandos públicos estatais.

Sobre o primeiro tema, as eleições, ainda dá para ponderar, debater, dado o fato de se tratar de questão passível da minha, da nossa, influência, protagonistas que somos, afinal de contas. Aliás, a matéria é até um alento na senda da troca de assunto, já que o segundo tema, o pandêmico, além de já ter lotado o bornal da paciência (ao menos minha) é indiferente a argumentos e entendimentos leigos como, novamente, o meu.

Portanto, trago hoje mais uma percepção pessoal a dividir convosco, respeitáveis leitora e leitor, para que a detectem e forjem seu entendimentos livres, altivos, independentes, até sobre a relevância ou irrelevância do que digo.

Trata-se da premissa que tenho detectado presente em todas as manifestadas escolhas já efetivadas, como das escolhas em formação, e que vejo alicerçarem ambas quase que com exclusividade: a bondade.

Ouço, bastante, muito, que este ou aquele candidato, esta ou aquela candidata já conquistou o voto, ou está em processo de conquistá-lo, por ser bom ou boa, nisto ou naquilo.

Nada de alarmante ou raro, eu sei. Tampouco reprovável, mas digno, pensou, de reflexão pois a qualidade de "bom" ou "boa" se pulveriza e se aplica sempre seguida de inúmeros fatores ponderados a respeito.

Não invulgar, pelo contrário, o voto vai, ou já está quase indo, para aquele ou aquela que é bom, ou boa, pessoa, bom caráter, boa índole, bom histórico, boa instrução, boa família, boa educação, seja lá o que tudo isso signifique ou que conotação tenha no entendimento individual dos que assim tem dito e a quem eu tenha ouvido.

Mais objetivamente, encontrará quem procurar ou atentar, os que vão com os boas e bons pastores, vizinhos, amigos, comunicadores, pais, mães, colegas, profissionais, tribunos, e (sim, gosto da expressão e portanto vou repeti-la aqui) etecetera e tal.

É natural e louvável a consideração a respeito de tanto, não resta dúvida, ao passo que qualquer dos fatores precariamente citados são, sim, princípios fundamentais de uma opção responsável, consciente, hígida...

Mas, como disse, princípio, começo, que, ainda que fundamental, não passa disso.

Ainda que indispensáveis, meros alicerces a iniciar uma construção.

E o acabamento?

Serão eles ou elas, bons, também em legislar e fiscalizar se no parlamento, ou em gerir, se no executivo?

Escolher e eleger alguém nunca foi fácil. A história e o cotidiano berram isso aos nossos ouvidos.

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