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A transformação digital que o novo reitor da UFSM trará à instituição

Marcelo Martins

Na condição de ter sido o mais votado tanto na eleição da comunidade acadêmica quanto nos conselhos superiores da UFSM, o vice-reitor Luciano Schuch deve ser o nome a ser chancelado pelo Ministério da Educação (MEC). Ainda na terça-feira, o deputado federal Bibo Nunes (PSL) gravou um vídeo em que destacou ter indicado o nome de Schuch para que seja ele o escolhido pelo governo federal junto à lista tríplice - que conta ainda com os nomes das professoras Martha Adaime e Cristina Nogueira. Além do papel, que neste contexto é secundário do deputado bolsonarista, Schuch é o nome acertado para fazer com que a UFSM se livre do estigma de uma instituição partidarizada. Tudo isso se iniciou quando a universidade permitiu que o campus virasse um palanque eleitoral ao ter recebido os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Manuela D'Ávila (PC do B). Esses episódios ocorridos em 2018 ainda ecoam e são graves por colocar a instituição, naquele momento, como um apêndice de um nicho político-partidário. Da mesma forma, o protagonismo que o bolsonarista Bibo Nunes tem tido na indicação de reitores - tanto na UFRGS quanto na UFPel - evidencia, sim, o aparato da direita com seus tentáculos sob a instituição.

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Para quem preza por um ensino de qualidade e que respeite o dinheiro do contribuinte nenhum desses modelos, tampouco essas aproximações entre universidade com esquerda e direita, não serve para o que a instituição se propõe: o de ser um meio de desenvolvimento da sociedade. Mas para além dessas questões que jamais deveriam estar do lado de dentro do arco da UFSM, a universidade está, ao que tudo indica, em boas mãos. Há a real possibilidade de a instituição aliar a necessidade de estar conectada aos anseios de uma sociedade tecnológica. Ou seja, a academia - com suas teorias - não pode estar dissociada do que é a vida real e do que apenas o mercado proporciona: a capacidade de entrega e de eficiência. E é isso que o novo reitor da UFSM, Luciano Schuch, que ainda aguarda a resposta oficial do MEC, pode oferecer à sociedade e aos setores produtivos.

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Ao lado da professora Martha Adaime, a segunda mais votada pelos conselheiros da instituição, Schuch já levantou a principal bandeira da gestão dele: a revisão de processos de gestão e a colocação de parâmetros de avaliação dos pró-reitores com métricas e necessidade de se perseguir resultados. A era das obras físicas deve dar lugar a uma cultura de transformação digital da instituição. A coluna já colocou aqui, em outros momentos, que Schuch enfrentará resistência interna. A histeria e o barulho existirão, e caberá a Schuch abafá-las com trabalho e entrega.

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