data-filename="retriever" style="width: 100%;">Esse foi o nome do movimento ocorrido no Brasil no início do século 20, quando foi instituída a vacinação obrigatória contra a varíola, coordenada pelo médico Oswaldo Cruz. A população do Rio de Janeiro, que já estava insatisfeita com as medidas sanitárias tomadas pelo governo, também não acreditava na eficácia da vacina. Entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904, a "cidade maravilhosa" enfrentou graves confrontos, verdadeiras cenas de guerra em praças públicas.
Após 62 anos, foi criado o Decreto 59.153 de agosto de 1966, o qual previa a erradicação da varíola, vacinando a população em massa. No Brasil, coube à Fiocruz o papel fundamental no enfrentamento da doença. Oswaldo Cruz, falecido em 1917, não assistiu as filas de pessoas, nas mesmas praças que condenaram seu ato em 1904, aguardando a sua vez de imunizar. Finalmente a campanha de vacinação contra a varíola foi sucesso absoluto, atingindo 100% da população brasileira, conseguindo a erradicação da doença no início da década de 1980.
Apesar do esforço do Oswaldo Cruz ter lhe garantido na Alemanha, em 1907, o prêmio mais importante de higiene e saúde pública da época, competindo com mais de 120 concorrentes do mundo inteiro, certamente ele teria amado ver essas cenas.
O Programa Nacional de Imunizações do Brasil, criado, em 18 de setembro de 1973, provavelmente, teve como inspiração as ações desse grande sanitarista. Hoje, a população tem como rotina frequentar unidades de saúde do SUS para atualização do calendário de vacinação. Tem conhecimento de que, dessa forma, previne-se poliomielite, sarampo, tétano, difteria, coqueluche, hepatite A e B, tuberculose, meningite, rubéola, varicela, febre amarela e papilomavírus humano. Sabe, inclusive, que o cientista inglês Edward Jenner, é considerado o "Pai da vacina" por ter descoberto seu mecanismo no episódio da varíola.
Aliás, o nome vacina tem relação com esse fato, tendo em vista que a palavra vacina vem do latim vaccine, que, por sua vez, vem de vaca. Ele observou que pessoas que ordenhavam vacas não contraíam a varíola, então, extraiu o pus da mão de uma ordenhadora que havia adquirido a varíola bovina e o inoculou em um menino saudável. Esse fato histórico ocorreu no ano de 1796.
Pois é, 225 anos depois da descoberta da vacina e 117 após o episódio ocorrido no Rio de Janeiro, estamos, nós, na revolta da "não vacina".
#vacinajá
#vacinaparatodos
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