A pandemia e a superação da crise

O ano de 2020 irá terminar e ainda estaremos dimensionando os enormes impactos causados pela pandemia do coronavírus. Precisamos encontrar maneiras de recuperar rapidamente o pior desempenho econômico da história. Como sempre reitero, "economia" não é algo abstrato que não nos afeta. Se a economia vai mal, a população sofre. Há menos dinheiro, as coisas ficam mais caras e há menos ofertas de emprego. Apesar disso, diante desse cenário caótico, há diversas medidas que podem ser tomadas por nós para reverter a crise. A primeira delas é papel do consumidor, que ao meu ver deve tomar uma decisão fundamental que pode nos tirar mais rapidamente da crise: apoiar o comércio local. Cada indivíduo pode ser um importante agente de mudança, buscando mitigar os problemas da sua localidade sem esperar necessariamente que o governo tome alguma medida.

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É por isso que a campanha "Por todos nós" do Diário de Santa Maria vem em boa hora. Valorizar empreendedores e colaborar com pequenos negócios durante o período de quarentena ajuda tanto na sobrevivência das empresas quanto no desenvolvimento socioeconômico da nossa cidade. Se escolhemos comprar no comércio local, contribuímos com nossa cidade. Isso gerará empregos aqui que, por sua vez, trarão mais oportunidades para cada vez mais pessoas de Santa Maria e região.

As pequenas empresas são uma força importante da economia nacional. Só no Brasil, existem cerca de 17 milhões de micro e pequenas empresas, que respondem por aproximadamente 30% do Produto Interno Bruto (PIB). E essas são justamente as empresas locais, que com a pandemia gerada pela Covid-19 se tornaram extremamente vulneráveis à crise.

Nesse contexto de pandemia, também consideramos que a filantropia tem grande importância. Felizmente, a Bancada do Novo observa que a realidade imposta pelo coronavírus tem gerado respostas positivas de toda a nossa sociedade, de pessoas físicas e jurídicas, através de diversas formas de doação. E foi por isso que protocolamos um projeto de lei para isentar o imposto sobre doações nas iniciativas voltadas para o combate à Covid-19. Não consideramos fazer sentido cobrar impostos de doações filantrópicas, ainda mais num momento tão excepcional como o que vivemos.

A proposta quer desobrigar a incidência do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD) até o final de 2020 para doações a hospitais ou instituições privadas que mantém hospitais de campanha. Atualmente, em grande parte das transmissão de bens incide o ITCD, o que torna mais oneroso o resultado dessa prática. Com o projeto, queremos aumentar o alcance do auxílio das doações por todo o Estado.

Entendo que nações mais livres e empreendedoras tendem a acumular capital e gerar melhores oportunidades para todos. Quando isso ocorre surge um grande movimento de criação e instalação de empresas inovadoras, produtivas e que pagam bons salários. Se queremos transformar o Brasil, o Rio Grande do Sul e as nossas cidades temos, como sempre digo, que focar na solução. E isso passa por mais liberdade para empreender, trabalhar e, assim, produzir. Não há melhor solução para uma crise do que o rápido engajamento de uma sociedade livre, empreendedora e resiliente como a nossa.