data-filename="retriever" style="width: 100%;">
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Uma reunião realizada nesta quarta-feira pela prefeitura de Santa Maria com entidades empresariais tratou da proposta do Sindicato dos Lojistas (Sindilojas) para tentar reabrir o comércio e as empresas em geral a partir da próxima quinta, dia 16 de abril, um dia após o vencimento do atual decreto do governador Eduardo Leite (PSDB). As entidades sugerem que o funcionamento possa ocorrer com medidas de prevenção, com funcionários usando máscaras e limitação do número de clientes. Ainda não há nada garantido quanto à abertura nessa data, pois tudo dependerá das decisões dos governos do Estado e da prefeitura. Caso Leite prorrogue o isolamento social por mais um prazo, não será possível reabrir as empresas em geral na próxima quinta.
- O próprio decreto (estadual) diz que é até dia 15, o que nos cabe fazer é nos reunimos para definir o que vamos fazer no dia 16. "Ah, o Falk, está garantindo que vai reabrir no dia 16?" Hoje, pela regra que tem, sim. Mas, de que forma? Ainda não sabemos de que forma. Haverá retorno gradual? Haverá protocolos de segurança, dependendo da realidade de cada setor. Porém, temos de deixar claro que nós estamos nos preparando com as regras que temos hoje. Se as regras forem mudadas, nós temos de nos adaptar. E isso acontece muito rápido. Em função de pandemia, como nos comportar em mudanças de rotas tão bruscas e tão rápidas? Nós teremos um novo normal. Esqueçam o normal de antes de 15 de março. Nós precisamos aprender a viver dentro dessa crise - afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação de Santa Maria, Ewerton Falk.
Feira do Peixe Vivo vai até sexta em Santa Maria. Veja os locais
Além disso, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) afirmou que a reabertura das empresas em geral só será permitida também se especialistas em saúde derem seu aval.
- Temos a consciência de que cada setor tem anseios diferentes e, por isso, a importância de promovermos esses diálogos. Mas não abrimos mão de, antes de uma reabertura dos serviços, preservarmos a saúde da população por meio de medidas de segurança e garantia de leitos. Além disso, todas as decisões do Executivo são amparadas por orientações técnicas - diz o prefeito.
Supermercados não vão abrir nesta sexta em Santa Maria
O presidente do Sindilojas Região Centro, Ademir José da Costa, entregou ao prefeito o Guia de Conduta do Comércio. Dividido em três pontos, o guia será discutido entre especialistas e lojistas a fim de estabelecer regras básicas a serem seguidas para que as empresas possam voltar a funcionar. Um dos pontos é que todos os funcionários deverão usar máscaras. Costa acredita não haver risco de contaminação com o vírus porque 98% das lojas são pequenas e nunca vão ter mais de 5 clientes de uma vez só.
- Está sendo muito injusto. Os mercados e farmácias estão cheios de gente, e as lojas não podem abrir. Com todo o comércio aberto, as pessoas estariam mais distribuídas em vários lugares, e não num só local. É uma injustiça que as grandes redes, em que 50% das vendas são de eletro, cama, mesa e banho, bazar e confecção, estejam abertas. Qual a diferença desses setores para o resto do comércio? Nas grandes redes, não tem contaminação, não tem risco? - diz o presidente do Sindilojas, que espera a reabertura após um mês fechado.
- Saímos bastante aliviados, mas sabendo que tudo pode mudar, dependendo do aumento dos contágios. Temos certeza de que iniciamos o isolamento muito cedo - diz.
Saiba o que pode e o que não pode abrir em Santa Maria
Questionado se uma possível reabertura do comércio não pode aumentar muito o número de casos e forçar novo fechamento do comércio em breve, Costa afirmou:
- É lógico que preocupa, o pico de contaminação pode ser em junho, no inverno. Queremos trabalhar um período e, se tiver de fechar de novo, não tem tanto problema. O que não podemos é ficar fechados todo esse tempo e quebrar todos.