no legislativo

Projeto propõe a instalação de detectores de metal em escolas

Ian Tâmbara

Foto: Renan Mattos (Diário)

Duas propostas que estão em tramitação na Câmara de Vereadores têm em comum a preocupação com a segurança e bem-estar de crianças e adolescentes de Santa Maria.

Proposta sugerida pela vereadora Luci Duartes (PDT), Tia da Moto, que prevê a instalação de detectores de metais na entrada de escolas públicas municipais, foi enviado à prefeitura para análise. Já a vereadora Deili Silva, Drª Deili (PTB), protocolou um projeto de lei que visa à criação de um programa municipal de prevenção ao suicídio e acesso à saúde mental para os jovens.

Ambas as propostas propõem ações de prevenção, seja pela conscientização e apoio psicológico, seja por um reforço em segurança. Políticas públicas como essas têm reflexo direto no dia a dia desses jovens nos ambientes sociais, sobretudo o escolar.

As ações seriam implantadas nas 75 escolas da rede de ensino municipal de Santa Maria, com intenção de tornar as instituições ambientes de convívio mais saudável.

PESQUISA
Uma pesquisa feita pelo Instituto Fidedigna em escolas municipais de Santa Maria, no ano passado, mostrou que a maioria dos casos de violência escolar têm a ver com agressões e influência de pessoas de fora da escola (confira números na página 12). Além disso, o massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, São Paulo, no último dia 13, trouxe reflexões sobre a segurança em sala de aula. Por conta disso, a vereadora Luci decidiu encaminhar o projeto sugestão ao Executivo para. Se for acatada a proposta, seria obrigatória a instalação de detectores de metal na rede de ensino do município para coibir a entrada de pessoas armadas com facas ou armas de fogo, por exemplo.

- Já atendi várias ocorrências de ter que tirar um revólver de dentro da mochila de um aluno - conta a vereadora, que é professora do município.

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Um empecilho poderia ser a falta de recursos para tornar a sugestão uma realidade. Contudo, a pedetista garante que seria uma alternativa mais econômica:

- Não seriam aqueles detectores que nem de banco. Poderiam ser os que são usados em festas. É mais simples e mais barato - explica.

Para a coordenadora do Sindicato dos Professores de Santa Maria (Sinprosm), Marta Najar, a melhor solução para uma escola segura seria a identificação prévia das adversidades.

- A gente sempre procura explicar a tragédia, falam que falta segurança, mais muros, mais guardas, um detector de metal ou ter o porte de arma. Eu já acho que a gente tem que pensar nos motivos que levam a acontecer - argumenta ela.

Já a secretária de Educação de Santa Maria, Lúcia Madruga, afirma que a ideia da vereadora é pertinente e que a prefeitura ainda vai analisá-la. Contudo, na edição de quinta-feira, a reportagem do Diário tentou entrar sem identificação em cinco escolas municipais, mas não conseguiu entrar em nenhuma. Em três, os portões estavam trancados e duas estavam sob a vigia de guardas municipais, demonstrando que há um controle para acessar as instituições.

AS DIFERENÇAS

  • Projeto sugestão - Não passa por votação dos vereadores. A sugestão é encaminhada diretamente para a prefeitura, que poderá acatar ou não
  • Projeto de lei - Passa por todos os trâmites normais na Câmara até a votação por todos os vereadores. Se aprovado, vai para o prefeito transformar em lei. Se o Executivo não vetar, a lei tem que ser implantada

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