TJ determina remoção de postagens em redes sociais com notícias equivocadas sobre salários dos vereadores de Santa Maria

TJ determina remoção de postagens em redes sociais com notícias equivocadas sobre salários dos vereadores de Santa Maria

Foto: Diário de Santa Maria (Arquivo)

O Legislativo de Santa Maria obteve uma decisão judicial, no final de sexta-feira, para a remoção de postagens em páginas no Instagram e no Facebook que noticiavam o aumento dos salários dos vereadores por decisão da direção da Casa, o que não ocorreu.


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O Tribunal de Justiça (TJ) atendeu a um pedido da Procuradoria Jurídica da Câmara e deu prazo de 24 horas para a retirada dessas postagens das redes socais. Antes, o Legislativo havia ingressado com medida liminar na 1ª Vara Cível de Santa Maria, que negou o pedido por entender não estar totalmente comprovado que a notícia era equivocada.


As postagens se tratavam sobre divulgação do aumento dos subsídios dos vereadores, o que não ocorreuFoto: Câmara de Vereadores (Repordução)

Por outro lado, o TJ reconheceu a legitimidade do recurso da Câmara quanto aos conteúdos das postagens. O desembargador Luiz Augusto Guimarães de Souza, ao analisar a solicitação, disse “não se tratar de 'censura prévia', aparentemente (…), mas apenas de dar maior crédito à versão dos fatos prestadas pelo ente público em relação à dos entes privados responsáveis pelas publicações inquinadas de inverídicas”.


Combate

Em outro trecho da decisão, Guimarães frisou que “a desinformação e as notícias falsas (“fake news”) devem ser combatidas com mais informação, de preferência com informação de qualidade, embasadas em fontes seguras e fidedignas”.


Identificação

Além da remoção das postagens, o desembargador determinou que a Meta, dona do Facebook e do Instagram, indique os administradores das páginas com os referidos conteúdos, sob pena de multas.

A notícia alvo da ação judicial da Procuradoria da Câmara se trata de um projeto de lei que tramita na Casa fixando os subsídios dos parlamentares para a legislatura 2025 a 2028 em R$ 12,5 mil, ou seja, mesmo valor recebido atualmente pelos vereadores. Portanto, não ocorreu aumento nos salários.

As postagens incluíam, ainda, fotos de todos os membros da Mesa: Manoel Badke (União Brasil), Pablo Pacheco (Progressistas), Admar Pozzobom (PSDB), Adelar Vargas (MDB), Alexandre Vargas, Givago Ribeiro (PSDB) e Tony Oliveira (Podemos).  Antes das enchentes e todas suas consequências, havia uma proposta para a futura legislatura de R$ 12,5 mil para R$ 16,5 mil e que foi retirada da pauta por decisão da Mesa Diretora e, após, referendada pelos 21 parlamentares.

Procurador jurídico da Casa, Lucas Saccol Meyne disse que não se pode confundir a liberdade de expressão, prevista na Constituição, com a difusão de notícias falsas. “A crítica sempre irá existir, isso é próprio da democracia. Porém, não podemos tolerar fake news. O Parlamento, justamente, por ser a pluralidade de ideias sempre respeitou e respeitará”, afirmou ele.


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