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Procuradora que atuou em Santa Maria pede desculpas a Lula

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Foto: Charles Guerra (Arquivo Diário)

A procuradora do Ministério Público Federal (MPF) Jerusa Viecili, que atuou em Santa Maria e na Operação Rodin, usou seu Twitter, na noite de terça-feira, para pedir desculpas ao ex-presidente Lula pela ironia em troca de mensagens no Telegram (aplicativo de mensagens) com colegas da força-tarefa da Lava-Jato sobre a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, em 2017. Os diálogos em que os procuradores abordam as mortes de familiares de Lula, além da mulher, o irmão, Vavá, e o neto, Arthur, foram divulgados, também na terça-feira, pelo site UOL em parceria com o site de The Intercept Brasil.

"Errei. E minha consciência me leva a fazer o correto: pedir desculpas à pessoa diretamente afetada, o ex-presidente Lula", escreveu Jerusa. O pedido da procuradora se refere à mensagem trocada por ela com os colegas logo depois do anúncio da morte da ex-primeira-dama, vítima de um AVC: "Querem que eu fique pro enterro?" Em outro diálogo, ela aborda a morte do neto do ex-presidente: "Preparem para nova novela ida ao velório". Já o procurador Januario Paludo debochou sobre a ida de Lula ao velório do irmão em uma resposta ao colega Antonio Carlos Welter, que reiterou o direito do ex-presidente de se despedir do familiar. "O safado só queria passear e o Welter com pena", escreveu Paludo.

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Quanto a essas últimas mensagens publicadas pelos sites, o pedido de desculpas de Jerusa indica que os diálogos são verdadeiros, embora os vazamentos tenham sido criminosos. A força-tarefa tem dito que não reconhece a autenticidade do conteúdo. Sobre isso, Jerusa também fez um esclarecimento na terça-feira, em seu Twitter.

"Os procuradores da Lava-Jato nunca negaram que há mensagens verdadeiras, exatamente porque foram efetivamente hackeados. Contudo, não é possível saber exatamente o quanto está correto, porque é impossível recordar de detalhes de 1 milhão de mensagens em 5 anos intensos", escreveu ela.

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Os procuradores foram muito infelizes nas mensagens que soam como deboche e ironia diante da morte dos familiares do ex-presidente. Mesmo que os representantes do MPF não gostem de Lula e que ele esteja condenado, nada justifica. Por outro lado, é de se destacar o gesto de grandeza e coragem da procuradora Jerusa em reconhecer seu erro e pedir desculpas.

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