eleições 2020

Partidos saem à procura de vices para as chapas que irão disputar a prefeitura

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário) 

A indefinição em relação à ata da eleição municipal deste ano em função da pandemia do novo coronavírus dá o tom do jogo político partidário que antecede o pleito em todo o país e, claro, também em Santa Maria. Até agora, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mantém o primeiro turno no dia 4 de outubro e o segundo, se houver, para o dia 25 do mesmo mês. Contudo, devido ao avanço da doença e às recomendações de distanciamento, já está em discussão uma possível troca nos dias. Prova disso é a manifestação recente do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que afirmou estar em estudo o adiamento do primeiro turno para os dias 15 de novembro ou 6 de dezembro. 

Enquanto as discussões ocorrem, as siglas locais trabalham para formar as chapas e coligações que concorrerão ao pleito. Pelo calendário, até agora mantido do TSE, as convenções partidárias para a escolha dos candidatos deverão ser realizadas entre os dias 20 de julho e 5 de agosto. 

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REVIRAVOLTA
O principal desafio, até agora, é a escolha do número 2 da chapa, que vai concorrer como vice-prefeito. As dificuldades para formar uma coligação começam pelo atual chefe do Executivo que, ao que tudo indica, irá à reeleição. Jorge Pozzobom (PSDB), até agora, não tem definido o parceiro de campanha e tem evitado falar publicamente sobre o tema, ao dar prioridade da agenda dele no combate à pandemia. 

A continuidade da aliança com o atual vice-prefeito, Sérgio Cechin (Progressistas) era tratada como praticamente certa até o ano passado. No entanto, no início deste ano, Cechin anunciou a sua pré-candidatura ao Executivo municipal. O Progressistas está fechado com o MDB e, nessa dobradinha, o vice será o vereador Francisco Harrisson. O médico foi secretário de Saúde da gestão Pozzobom durante um ano e desembarcou do governo, retornando ao Legislativo, justamente para entrar na disputa. 

O Progressistas e o MDB reeditam, assim, a dobradinha que, no passado recente, assegurou oito anos de prefeitura à dupla Schirmer e Farret (2009-2016). 

Progressistas reitera que já desembarcou do governo Pozzobom

DEMAIS
Participantes das eleições municipais de 2016, Marcelo Bisogno (PDT) e Fabiano Pereira (PSB) trabalham, em conjunto, para formar uma chapa única. Bisogno conquistou mais de 12 mil votos no último pleito, e Fabiano, mais de 20 mil. Até agora, não está definido quem vai encabeçar a chapa. 

O PT, que ficou na segunda colocação nas eleições de 2016, com o então candidato Valdeci Oliveira, terá como candidato o vereador Luciano Guerra. Como vice, a coligação contará com com o também parlamentar Marion Mortari (PSD). 

PT fecha a primeira aliança na corrida à prefeitura de Santa Maria

Jader Maretoli (Republicanos), que também concorreu ao pleito passado, trabalha para encontrar um vice. Nos bastidores, a tendência apontada é que o partido venha com chapa pura para a eleição. 

A mesma situação é enfrentada por Evandro Behr (Cidadania). No entanto, Behr afirma que o partido não descarta coligações com outras siglas.

A CORRIDA ELEITORAL 

Cidadania (Evandro de Barros Behr/Indefinido)

  • O pré-candidato Evandro de Barros Behr leva o nome do pai, o ex-prefeito Evandro Behr que governou Santa Maria (de 1989-1992)
  • Há tratativas com demais siglas em busca de composição. Porém, Behr afirma que não irá coligar com acordos prévios, como definição de espaços em um eventual governo. O que pode levar a uma candidatura em voo solo (ou seja, chapa pura)
  • O advogado, que também é empresário, quer compor uma chapa "outsider", que surpreenda a todos
  • A figura do vice tem que entender de gestão e pode, inclusive, ser um nome do empresariado local
  • Behr concorreu, em 2000, como vice ao lado do então candidato Cezar Schirmer (MDB), que perdeu aquela eleição para Valdeci Oliveira (PT)

PDT/PSB (Marcelo Bisogno/Fabiano Pereira/indefinida a ordem)

  • Fabiano Pereira já ocupou os cargos de vereador, secretário de Saúde (de 2001 a 2002), deputado estadual (por dois mandatos)
  • Presidiu a Assembleia Legislativa e esteve à frente da CPI do Detran, durante o governo Yeda (PSDB), na época em que eclodiu a Rodin
  • Durante o governo Tarso Genro (PT), foi secretário de Justiça e dos Direitos Humanos
  • Foi filiado por 26 anos no PT e, em 2016, mudou para o PSB
  • Na eleição de 2016, concorreu como o candidato governista de Cezar Schirmer (MDB) e ficou em 3º lugar com 20,2 mil votos
  • Marcelo Bisogno foi, de 2001 a 2004, vereador pelo PT
  • Em 2007, já de volta ao PDT, foi secretário de Esportes do então prefeito Valdeci (PT); e, em 2011, ocupou a Mobilidade Urbana (de Schirmer, PMDB)
  • Na eleição de 2012, foi o vereador mais votado do pleito com 8 mil votos
  • Já no pleito de 2016, em chapa pura, Bisogno ficou na quinta colocação com 12,5 mil votos

Progressistas/MDB (Sergio Cechin/Francisco Harrisson) 

  • O vice-prefeito Sergio Cechin concorrerá ao lado do MDB, tendo como vice o vereador Francisco Harrisson
  • Cechin já foi vereador (por seis mandatos), presidente do Legislativo (por duas vezes), vice-prefeito de 1993 a 1996, ocupou cargos nos governos de Antonio Brito e de Germano Rigotto, ambos do MDB, além de ter sido secretário de Habitação na gestão Schirmer (MDB). E, agora, quer ser pela primeira vez prefeito de Santa Maria
  • Harrisson é médico traumatologista, major do Exército, e elegeu-se, pela primeira vez, vereador em 2016, com 2,1 mil votos pelo MDB. Depois, foi secretário de Saúde por quase um ano do governo Pozzobom

PSDB (Jorge Pozzobom/Indefinido)

  • Com longa experiência pública, Pozzobom já foi vereador, deputado estadual (duas vezes), secretário de Estado e de município. Em 2016, elegeu-se prefeito em votação inédita decidida no 2º turno
  • O presidente do PSDB local, o vereador João Chaves, afirma que a tendência é que, sim, Pozzobom vá à reeleição
  • Ainda que Pozzobom não sinalize isso claramente, e diga que o enfrentamento à pandemia é o foco dele, Chaves afirma já negociar com demais partidos na composição de uma eventual coligação
  • O presidente do partido assegura já existir um perfil de vice para a coligação, mas que não será, por enquanto, adiantado
  • O PSDB também não descarta chapa pura

PT/PSD (Luciano Guerra/Marion Mortari)

  • Luciano Guerra foi o vereador mais votado no pleito de 2016 com 4,2 mil votos e está no segundo mandato com o desafio de levar o PT ao comando do município
  • Ao lado dele, o vice, ao que tudo indica até agora, deve ser o vereador Marion Mortari (PSD), o segundo mais votado da eleição de 2016 com 3,5 mil votos
  • Antes de ser do PSD, Mortari foi do PP (hoje Progressistas) quando, em 2008, elegeu-se vereador
  • Ligado ao campo, Mortari é um nome conhecido da zona rural. Ele foi subprefeito de Pains por três mandatos
  • O PT conta com o possível, e cada vez mais certo, adiamento da eleição em primeiro turno para novembro e, assim, contar com Mortari de vice. Isso porque ele está inelegível até 7 de outubro deste ano com base em decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que impugnou sua candidatura a deputado estadual, em setembro de 2018, reflexo de uma cassação ainda de 2012

Republicanos (Jader Maretoli/Indefinido) 

  • Quarto colocado na eleição de 2016, com quase 19,5 mil votos, busca um vice preferencialmente "sem ligação" com partidos e com aqueles que governaram Santa Maria nos últimos 20 anos
  • Foi, até este ano, secretário adjunto de Esporte e Lazer de Eduardo Leite (PSDB), e tem dito que não descarta que a candidatura dele seja chapa pura
  • Adianta que o vice tem que ter expertise em gestão para ajudar a recuperar o município economicamente pós-pandemia
  • Já há, no momento, um nome definido com experiência em gestão e conhecedor da cidade e que é do próprio partido

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