data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas, Diário
Nome técnico da busca pela nova ESA, o general Joarez (centro) detalhou os planos do Exército para a escola
Poucas vezes, na história recente de Santa Maria, uma mobilização foi capaz de reunir um leque tão expressivo de setores - das iniciativas pública e privada - em torno de uma pauta. O dia de hoje foi de mobilização das forças armadas e políticas de Santa Maria para a recepção do general de Divisão do Exército Joarez Alves Pereira Júnior. Isso porque o general, coordenador executivo do projeto de implantação da nova Escola de Sargentos das Armas (ESA), esteve na cidade para, ao que tudo indica, a última visita técnica antes do anúncio final acerca do destino do empreendimento bilionário. Miram o mesmo objetivo de Santa Maria, ainda, a paranaense Ponta Grossa e a praiana Recife, em Pernambuco. O périplo do general Joarez começou, ainda na terça-feira, quando ele esteve em Porto Alegre, onde reuniu-se e manteve tratativas com o governador Eduardo Leite (PSDB).
Santa Maria merece, precisa e quer a Escola de Sargentos
Porém, esse é apenas o último episódio de uma temporada, iniciada em junho de 2020, entre conversas reservadas entre o prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom (PSDB), e o alto comando do Exército. De lá para cá, em meio a um calendário às avessas provocado pela pandemia do coronavírus, reuniões e conversações foram se tornando mais frequentes à medida que Santa Maria avançava nos planos - criteriosos e técnicos - das Forças Armadas e, a partir daí, Pozzobom colocou à prova as relações construídas ao longo de 20 anos de vida pública (leia mais ao lado).
Escolha para onde irá a ESA será técnica, reafirma general
Nos últimos dois dias, o principal nome do Exército, em se tratando de ESA, o general Joarez ao pisar em solo gaúcho ouviu de todos, quase que como uma mantra, uma única declaração: a de que a melhor escolha a ser feita é por Santa Maria.
A ROTA
O general chegou em Santa Maria ao final da manhã, e cumpriu uma agenda de compromissos ao longo do dia. O militar da reserva passou pelos locais da cidade onde serão construídas a escola e uma nova Vila Militar, além do Campo de Instrução de Santa Maria (Cism), espaço crucial para a formação dos 2,2 mil alunos e pôde "visualizar" as futuras instalações.
Com isso, o levantamento de dados do município é concluído. No início da tarde, ainda no Cism, foi realizada uma coletiva de imprensa, com o prefeito Pozzobom e o general, que durou cerca de 50 minutos.
RECONHECIMENTO
Pozzobom e Joarez apresentaram um projeto arquitetônico do que seria a ESA em solo santa-mariense. A maquete contempla pavilhões de instrução, pátio de formatura, rancho, equitação, campos de futebol, quadras, piscinas, ginásio, academia, dentre outros recintos (confira abaixo). style="width: 100%;" data-filename="retriever">Imagens: divulgação, prefeitura municipal de Santa Maria / Projeto: Lineastudio Arquiteturas
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Joarez reafirmou algumas características marcantes da cidade, são elas: presença de campo de instrução compatível com a demanda e acessibilidade dos alunos e familiares ao município; aeroporto municipal (que evita deslocamentos terrestres até a capital para outros locais do país); e, por fim, uma expressiva rede hoteleira (com mais de 3 mil leitos).
O general enfatizou a existência aqui de três pilares basilares da escolha: estruturas do município e do Exército já presente no local, as contrapartidas e parcerias que facilitam a concretização do projeto e a receptividade da comunidade, para que os alunos se sintam acolhidos.
DEMARCAÇÕES
Já ao fim da coletiva, em entrevista exclusiva ao Diário, o general Joarez revelou que, paralelamente, a equipe já está agilizando outras questões importantes em relação à nova escola, como o levantamento do efetivo e das instalações, quantidade de moradias necessárias ao corpo permanente e estrutura hospitalar:
- O resultado pode ser liberado apenas em agosto. A menos que o comando tenha pressa, o que acredito que existe.
O que dizem as lideranças envolvidas na busca pela ESA
Influências políticas não são permitidas, conforme o general, que garantiu que a escolha não terá espaço para bairrismos:
- A única "interferência" que pode ou não ocorrer são os incentivos municipais e estaduais que sempre que facilitam a implantação da escola em determinada cidade. Na falta deles, o Exército tem menos apoio no local, por consequência.
Embora satisfeito com as providências da prefeitura de Santa Maria, Joarez deixa claro que outros fatores, para além dos apresentados, pesam na escolha. Porém, a sintonia parece existir entre Exército e o município gaúcho.
*Colaborou Gabriele Bordin