Foto: Renan Mattos (Diário)
Causou certo mal-estar entre parte dos vereadores a visita do secretário estadual da Segurança, Cezar Schirmer (MDB), no final da tarde de quinta-feira, pela suposta interferência na eleição da Mesa Diretora, no dia 27. Conforme o presidente da Casa, Alexandre Vargas (PRB), o secretário foi fazer uma visita de cortesia à direção da Mesa, quando perguntou sobre a disputa pelo comando do Legislativo. Como, segundo relatou Vargas, Schirmer foi informado de que um dos integrantes do grupo dos 11, no caso Leopoldo Ochulaki (PSB), Alemão Gás, estaria indeciso, o secretário, então, pediu para falar com o socialista no gabinete da Presidência. Pelo acordo, o futuro presidente será Adelar Vargas (MDB), Bolinha, ligado a Schirmer.
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Só que, se Alemão do Gás mudar o voto, poderá dar a vitória ao candidato do governo Jorge Pozzobom (PSDB). Parlamentares da situação, inclusive do MDB, criticaram a atitude de Schirmer. O secretário não é muito chegado aos dois emedebistas que estão com o governo Pozzobom - Francisco Harrisson, Dr. Francisco e João Kaus -, porque ele foi contra o partido ingressar na prefeitura. Kaus classificou a atitude como "deselegante" para com os demais integrantes da bancada. A política é dinâmica mesma: no ano passado, Bolinha ajudou a derrotar o candidato a presidente municipal do partido apoiado por Schirmer e estava até desgostoso com o secretário. O tempo passou e hoje os dois estão muito próximos.
Quanto a Alemão do Gás, há pouco tempo, em jantar com do grupo dos 11 na casa de Bolinha, ele garantiu voto no anfitrião. Agora estaria pensativo. Talvez a oferta da prefeitura tenha balançado. Na quinta-feira, tudo pode acontecer, mas uma coisa é certa: os nervos andam à flor da pele na Casa.