eleições 2018

As propostas para a saúde dos candidatos ao governo do Estado


Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Na edição do último final de semana, o Diário começou uma série abordando temas de relevância para Santa Maria e mais 38 municípios de cobertura do jornal. O primeiro assunto tratado foi saúde, apontando as principais carências e problemas para o futuro governador resolver. Insuficiência de recursos para a manutenção dos hospitais, falta de leitos ou de hospitais e dificuldades para encaminhamentos de especialidades, sobretudo nas áreas de neurologia, reumatologia, cardiologia e traumatologia, além da judicialização, foram as principais necessidades apontadas.

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A partir da reportagem, os oito candidatos - Eduardo Leite (PSDB), Jairo Jorge (PDT), José Ivo Sartori (MDB), Julio Flores (PSTU), Mateus Bandeira (Novo), Miguel Rossetto (PT), Paulo de Oliveira Medeiros (PCO) e Roberto Robaina (PSol) - foram convidados a apresentar suas propostas para a saúde. Dos oito concorrentes, somente o candidato do PCO não enviou a resposta.

Nas semanas seguintes, os candidatos terão espaço para apresentarem as propostas em relação aos temas: segurança, desemprego, educação, infraestrutura e finanças.

Confira as propostas dos candidatos por ordem alfabética:

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Eduardo Leite (PSDB) - Coligação - PSDB, PTB, PRB, PPS, PHS, Rede e PP

"Acreditamos que a gestão da saúde deve ser ampla e sistêmica. A missão do Estado gaúcho é investir nas melhores práticas com uso de tecnologias modernas e garantir a universalização do acesso o mais perto possível da residência do paciente.  

Nossas metas:

  • Valorizar os profissionais de saúde, gestão inteligente e compartilhada, uso da tecnologia da informação avançada. Atividades de educação permanentes.   
  • SUS Conectado, Instituição do Centro de Informações e Decisões Estratégicas em Saúde. Programa de Fortalecimento da Atenção Primária em Saúde.
  • Fortalecimento da Estratégia da Saúde da Família e os Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Programa de Fortalecimento do Cuidado das Pessoas com Sofrimento em Saúde Mental e com problemas decorrentes do uso de drogas. Regulação, Controle e Auditoria.
  • Redistribuição equânime dos leitos hospitalares. Atenção especializada no âmbito do SUS, de média e alta complexidade. Avançar nas pactuações regionais.
  • Urgências e Emergências: promover melhoria."

Jairo Jorge (PDT) - Coligação - PDT, Avante, PV, Pode, PPL, PMB e Solidariedade 

"Um dos principais problemas da saúde pública do Estado é a centralização dos investimentos nos grandes centros urbanos, em detrimento dos municípios menores. Muitos hospitais destas cidades sobrevivem com poucos recursos e não conseguem ofertar certas especialidades. Por isso, proponho a regionalização dos serviços de média e alta complexidade, através do incentivo aos hospitais regionais e de pequeno porte. Um exemplo citado pelo Diário de Santa Maria é a ausência de hospitais em mais de 10 cidades, além de poucos da região atender 100% SUS. Isso se resolve com investimentos. 

Quando fui prefeito de Canoas apliquei quatro vezes mais dinheiro na saúde e com isso, consegui duplicar os leitos, além de tornar a cidade com mais UPAs do país, um total de cinco, sendo uma delas totalmente voltada aos idosos. Ampliamos os leitos do Hospital Universitário de 120 para 453 leitos.

Apostamos em soluções inovadoras para facilitar a vida da população, implementando o teleagendamento, acabando com as filas nos postos."

José Ivo Sartori (MDB) - Coligação - MDB, PSD, PSB, PR, PSC, Patriota, PRP, PMN e PTC

"A Saúde é um problema nacional. O Rio Grande do Sul não é exceção. Equacionamos R$ 250 milhões em dívidas herdadas com hospitais filantrópicos e Santas Casas, ampliamos o atendimento e mantivemos os repasses em dia. Até 2017, quitamos R$ 825,8 milhões e, em 2018, já pagamos R$ 251,7 milhões (competência 2017). 

A conclusão da obra e abertura gradativa do Hospital Regional possibilitará a Santa Maria voltar a ser um centro de referência para a região Centro-Oeste. Em pleno funcionamento, terá 240 leitos 100% SUS e especialistas em cardiologia, angiologia, nefrologia e oftalmologia.

Atingimos o menor índice de mortalidade infantil da história: 9,97 mortes a cada 1.000 nascidos vivos.  A meta é ampliar a atenção básica e a parceria com os municípios, e a regionalização do atendimento de média e alta complexidade. E aperfeiçoar as ferramentas para qualificação de gestores e sistemas de suporte e diagnóstico epidemiológico, e a avaliação de resolutividade."

Júlio Flores (PSTU)  

"Em primeiro lugar, estará mentindo quem disser que através das eleições se resolverão os problemas de qualquer área do Rio Grande do Sul. Com a criminosa PEC do teto de gastos aprovada pelo legislativo, e a dívida pública já paga com o Governo Federal que promove um verdadeiro saque dos cofres públicos, não será possível aumentar o investimento em saúde.

Somente através do não pagamento imediato da dívida com a União e o fim das isenções fiscais, e também a criação de um plano de obras públicas será possível garantir emprego, moradia, permanência estudantil, criação de novos postos de trabalho e hospitais. Também será necessário expropriar os hospitais da rede privada, que hoje já começam a sugar os recursos públicos através de parcerias. Com estas medidas, seria possível pagar os salários dos funcionários públicos em dia e garantir serviços públicos de alto nível.

O que queremos verdadeiramente é um governo socialista dos trabalhadores, que em nada se assemelha à farsa venezuelana ou norte-coreana, mas onde os trabalhadores governarão de fato."

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Mateus Bandeira (Novo) 

"Queremos tornar mais eficiente a aplicação dos recursos públicos no sistema de saúde e ampliar as parcerias público-privadas com foco total na qualidade da assistência ao cidadão. Precisamos investir em inteligência, tecnologia e gestão para buscar mais e melhores resultados com os recursos disponíveis. 

É urgente reorganizar o processo de atendimento através dos mecanismos da telessaúde e telemedicina, para assegurar que os pacientes sejam atendidos com agilidade e encaminhados quando necessário. Hoje, grande parte das Unidades Básicas de Saúde ainda prioriza o encaminhamento, tornando o processo mais lento e custoso. A ausência de postos informatizados também prejudica a coleta de dados e a padronização do atendimento.

Na rede de pequenos hospitais vamos criar um programa de apoio à gestão e recuperação financeira para retirá-los da crise e fortalecer o atendimento no interior de forma organizada, com centros regionais de referência."

Miguel Rossetto (PT) - Coligação - PT e PCdoB

"O surto de toxoplasmose em Santa Maria é um episódio grave que decorre da política de descompromisso com a saúde. No caso do Hospital Regional de Santa Maria foi inaugurado um ambulatório, mas não foi disponibilizado para a população nenhum leito complexo, procedimentos de alta e média complexidade, ou novos serviços.

É preciso mudar e eu tenho compromisso com a saúde. Vou criar Centros Regionais de especialidades para consultas, cirurgias e exames, além de ter a saúde do idosos como outro ponto prioritário da minha plataforma.

É preciso que o pagamento dos compromissos financeiros do Estado com a saúde tenha um cronograma respeitado. Esta é uma mudança imprescindível, pois hoje os atrasos de pagamento tornam a saúde ainda pior.

Junto com Lula presidente, deveremos atuar para a revogação da Emenda Constitucional 95 que hoje congela os investimentos federais em saúde, trazendo uma deterioração inaceitável para o Sistema de Saúde." 

Roberto Robaina (PSol) - Coligação - PSol e PCB

"Encerrar o sufocamento a que estão submetidos os municípios e garantir os repasses do Estado para a saúde são prioridades. Para destinar os recursos e cumprir o mínimo de 12% de investimento na área, é preciso inverter a lógica com que hoje o governo trata as finanças públicas.  

Romper com o sistema da dívida com a União, lutar contra a Lei Kandir, rever as isenções fiscais e reforçar o combate à sonegação de impostos são nossas medidas para reverter a crise fiscal e poder investir na saúde.

Com isso, poderemos priorizar e fortalecer os cuidados de saúde na atenção básica, onde mais de 80% das demandas podem ser resolvidas, e evitar a ambulancioterapia que sobrecarrega cidades-polo como Santa Maria.

Mais de 700 mil pessoas aguardam especialistas na saúde no RS. Para mudar essa situação e aumentar a resolutividade da atenção básica, propomos o investimento no uso da tecnologia, como os sistemas de telemedicina, e a adoção de carreira pública de Estado para as categorias da saúde."

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*O jornal limitou o espaço para as respostas dos candidatos. Os que ultrapassaram o tamanho informado tiveram o final do texto cortado.

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