setembro amarelo

Você anda muito preocupado com o futuro?

Natália Muller Poll

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Foto: Reprodução/Tv Diário

Com o objetivo de prevenir e reduzir os índices de suicídio, a campanha do Setembro Amarelo existe desde 2014. Organizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), o mês é destinado, também, ao debate da depressão, um dos principais motivos que levam as pessoas a tirarem suas vidas.

Foi no Setembro Amarelo que estreou o programa Faz Sentido, apresentado pela jornalista Fabiana Sparremberger e pelo psicólogo Carlos Eduardo Seixas, o Cadu. O projeto que busca mostrar a relevância dos temas acerca da saúde mental é veiculado na Central Diário de Notícias (CDN) e na TV Diário. O objetivo é oportunizar um espaço de diálogo e compartilhamento de experiências sobre questões cada vez mais importantes no bem-estar e na qualidade de vida da população.

No domingo passado, o programa abordou o tema ansiedade, e neste, do dia 19, o assunto é depressão. Os apresentadores usam os resultados de enquetes realizadas nas redes sociais do Diário para trazer à tona questões de interesse público. "Se é importante para você, é assunto para nós", anuncia o programa Faz Sentido.

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Temas relevantes e atuais são a pauta das tardes da CDN

SUA SAÚDE MENTAL ESTÁ EM DIA?

Ao abordar a ansiedade, a dupla tratou do Setembro Amarelo. Na enquete realizada, 91% dos participantes disseram saber o que é a campanha. "Esse resultado me deixou feliz por saber que as pessoas nas ruas têm conhecimento de uma campanha tão importante", afirmou o psicólogo.

Questionados sobre saúde mental, 51% dos participantes alegam não estar com o psicológico em dia. Mesmo com o empate técnico da enquete, Cadu arriscou que "cerca de 65% da população não deve estar com a saúde mental em dia, porque estar realmente bem envolve muito autoconhecimento. Acho que muita gente pensa que está bem, só porque não está sofrendo. Mas, na verdade, a pessoa está deixando de fazer coisas que são importantes."

VOCÊ "SURTOU" NA PANDEMIA?

Desde o ano passado, muitos transtornos foram desenvolvidos ou agravados em função da pandemia. Do público que participou da enquete do programa, 75% assumiu ter tido ao menos uma crise de ansiedade durante o período de isolamento e distanciamento social. A pandemia trouxe momentos de incertezas e sensação de risco, e o psicólogo Carlos Eduardo Seixas garante que os sintomas de ansiedade são os que mais têm aparecido como queixa dos pacientes no consultório. Para ele, qualquer sentimento tem um motivo para estar ali, mas "dependendo da maneira com que nos relacionamos com esse sentimento é o que acaba fazendo com que a gente sofra. A ansiedade é necessária para nossa sobrevivência, então, eu questiono sobre o estado em que a pessoa se encontra no momento em que está ansiosa. Se está em algum grau vulnerável e ameaçador por alguma coisa futura, que ainda nem aconteceu, não vai ser algo positivo."

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ANSIEDADE É SEMPRE NEGATIVA?

Carlos Eduardo Seixas trata o tema ansiedade como uma dicomotia. Para o profissional, a ansiedade pode ser positiva, quando causa uma atitude de incentivo frente a um acontecimento, e isso motiva a pessoa a concluir o desafio, ir em frente. Mas, quando a ansiedade é excessiva, leva as pessoas a uma espiral negativa e passa a prejudicar o funcionamento da rotina.

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O diagnóstico é obtido a partir do ciclo de funcionamento dos sintomas. Transtorno de ansiedade é diferente da crise. Ele ocorre porque, em certos momentos da vida, é ativado um funcionamento de ansiedade prejudicial, como, por exemplo, a ansiedade social, que é mais comum em homens. Conforme o psicólogo, "acontece quando a pessoa está em um ambiente confortável e familiar, e ela está saudável; nesses casos, a ansiedade só é disparada quando a pessoa percebe que terá contato com pessoas e locais onde ela será percebida, avaliada. Quando a pessoa se sujeita a isso, ela pode ativar o transtorno de ansiedade social."

Para o psicólogo do Faz Sentido, o importante é entender qual o estímulo da ansiedade e o que a desencadeia. Diferente do transtorno, a crise de ansiedade é um abalo transitório agudo. Cadu explica que isso acontece quando um momento ou motivo específico tira a pessoa do funcionamento normal, mas, em outra oportunidade, a pessoa consegue voltar ao normal, bem como muitos responderam na enquete.

"É quando passamos por uma crise financeira, uma preocupação específica com o futuro, uma gravidez não planejada, enfim, algo que cause a sensação de perda de controle momentâneo", explica o psicólogo.

PSICÓLOGO OU PSIQUIATRA?

Quem se encontra nesta condição enfrenta problemas bem mais complexos. Há prejuízo para memória, sintomatologias físicas como tensões musculares constantes, dificuldade de dormir, dificuldade de controlar pensamentos de preocupação. Por isso, a importância de se buscar ajuda especializada.

"A psicologia e a psiquiatria andam juntas e conversam muito entre si. É uma ingenuidade acharmos que só uma dá conta de tudo. A ansiedade mescla características fisiológicas e psicológicas, há casos que demandam só uma das especialidades e, em outros, ambas", enfatiza Cadu.

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#FICAADICA

Duas características que os ansiosos devem desenvolver:

  • Tentar diminuir a cobrança e a necessidade de ter controle sobre o que vai acontecer
  • Capacidade de tolerar dúvidas, ou seja, conseguir lidar com as incertezas da vida

O QUE DIFERENCIA TRISTEZA DE ANSIEDADE?

  • Para Carlos Eduardo Seixas, enquanto a ansiedade está vinculada a um sentimento de preocupação com o futuro, "a tristeza é erroneamente confundida com depressão. Ela só se torna depressão, quando não é tratada", explica o psicólogo. Tristeza tem relação com perdas e sensação de ausência/falta, e é outro sentimento que é natural e não deve ser ignorado, mas, sim, vivido. Em caso de excesso, o tratamento é indicado.

ACOMPANHE

PROGRAMA FAZ SENTIDO

  • Quando - Domingo (neste dia 19, em alusão ao Setembro Amarelo, o tema é depressão)
  • Horário - 11h ao meio-dia
  • Como acompanhar - Pela CDN, 93,5 FM, e pela TV Diário, nos canais 26 e 526 da NET, no YouTube da TV Diário e site do Diário. Apresentado por Fabiana Sparremberger e Carlos Eduardo Seixas

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