Médicos residentes do Husm param por um dia e atendimentos devem ficar lentos

Os médicos residentes do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) não irão trabalhar das 8h desta quinta-feira até as 8h de sexta. Entre os motivos da paralisação dos profissionais está o plano de carreira, a melhoria na estrutura dos hospitais e a contratação de médicos que atuem como preceptores (ou seja, que atuem exclusivamente na orientação aos residentes). O movimento também é contrário aos cortes nas verbas para a saúde pública.

50% dos atendimentos via SUS deixam de ser feitos no Husm

– Nós queremos a valorização dos profissionais e da melhoria da estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS). São benefícios para nós e também para os pacientes. Tem dias que não há medicamento para prescrever – afirma Daiane dos Santos, residente na área de radiologia e diagnóstico por imagem e representante dos médicos residentes do Husm.

Ao longo do dia os profissionais devem distribuir panfletos e orientar a população sobre as funções de um médico residente. No final da manhã eles participarão de um abraço ao hospital, um ato simbólico.

Atualmente, o hospital conta com 220 profissionais e todos apoiam a mobilização. Cerca de 30% do efetivo segue trabalhando nos setores de urgência e emergência e Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A paralisação deve afetar a rotina das consultas e cirurgias eletivas no hospital e os pacientes podem enfrentar lentidão nos atendimentos, conforme explica o médico Silvio Ribeiro, chefe da divisão de apoio diagnóstico e terapêutico do Husm. Ele informa que os outros médicos da instituição continuam atendendo e que se for necessário, parte dos serviços poderão ser remarcados. Ribeiro ainda esclarece que o Husm é favorável ao movimento que defende melhorias na estrutura e recursos do hospital.

A mobilização acontece em 21 hospitais em sete cidades do Estado: Santa Maria, Porto Alegre, Ijuí, Canoas, Pelotas, Passo Fundo e Rio Grande.