Certificada pela Unesco, Escola Perpétuo Socorro realiza projeto ambiental em parceria com a UFN

Eduarda Costa

Certificada pela Unesco, Escola Perpétuo Socorro realiza projeto ambiental em parceria com a UFN

Em Santa Maria, oito escolas da rede municipal de ensino são certificadas pela Unesco, e outras três são candidatas a receber o título. Na prática, todas as 11 fazem parte do Programa das Escolas Associadas das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (PEA-Unesco), que desenvolvem projetos e atividades para alcançar três dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030: erradicar a pobreza extrema; combater a desigualdade e a injustiça e conter as mudanças climáticas. 

As atividades sustentáveis e voltadas para o meio ambiente se encaixam nestes objetivos, uma vez que incentivam a mudança de cultura de toda a comunidade envolvida, e impactam no consumo e na conduta dos alunos. Na EMEF Nossa Sra. do Perpétuo Socorro, a certificação da Unesco foi dada no ano de 2015. Desde então, a escola já desenvolveu inúmeros projetos sustentáveis, desde a utilização de garrafas plásticas para jardins verticais, hortas comunitárias e, por último, um trabalho de pesquisa e extensão em parceria com a Universidade Franciscana (UFN).

Em 2019, os alunos e professores realizaram um intercâmbio para Portugal, dentro do projeto internacional do Pea-Unesco. Durante 15 dias, os alunos apresentaram os artigos e trabalhos científicos desenvolvidos na escola, além de visitarem as universidades de Coimbra e do Minho.

Certificadas pela Unesco: EMEF Intendente Manoel Ribas; EMEI Borges de Medeiros; EMEF Chácara das Flores; EMEF Nossa Sra. do Perpétuo Socorro; EMEF Altina Teixeira; EMEF Vicente Farencena; EMEF Pão dos Pobres Santo Antônio e EMEF José Paim de Oliveira.

Candidatas à certificação: EMEF Luizinho de Grandi, junto ao CAIC; EMEF Renato Nocchi Zimmermann e EMEF Ten. João Pedro Menna Barreto.

Parceria com a UFN

O plástico após ser triturado

Por meio de projeto financiado pelo CNPq, a UFN realiza pesquisa e extensão multidisciplinar na EMEF Nossa Sra. do Perpétuo Socorro. Com envolvimento de cursos de Graduação e da Pós-Graduação, já foram construídas uma máquina trituradora e outra extrusora de plástico, que produz matéria-prima a partir de tampinhas de garrafa coletada pela comunidade escolar. A ideia é que a matéria gerada possa ser utilizada em impressora 3D para construção de móveis e utensílios.

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Além disso, a UFN ainda produziu um laboratório portátil para ensino de ciências, também utilizando o plástico. As atividades foram planejadas em conjunto com os professores da escola, contendo quatro kits com reagentes para realizar experimentos com os alunos do 6º e 7º ano, conforme explica a professora de Química da UFN, Sandra Cadore:

– Pensamos em desenvolver uma forma de isso ser trabalhado sem a necessidade de a escola ter um laboratório ou equipamentos específicos. Assim, o professor retira os reagentes e materiais que ele precisa e com o auxílio de um guia prático dos experimentos, ele pode levar o material para a sala de aula e reproduzir o experimento.

Os laboratórios portáteis entregues à escola

Projeto Sustenta Educa

A EMEF Nossa Sra. do Perpétuo Socorro foi escolhida para aplicação do projeto Universidade Franciscana (UFN) por já ter um histórico de trabalhos sustentáveis no calendário escolar. Desde 2019, a UFN auxiliou na formação dos docentes para auxiliar no plano de ensino, que introduziu os temas de economia circular e consumo consciente em turmas de 6º e 7º anos.

Na atividade “Sustenta Educa”, um grupo de 10 alunos se reúnem no contraturno para aprender sobre reaproveitamento de matérias-primas e o retorno para a cadeia produtiva, com foco no plástico. As aulas são ministradas pela professora da disciplina de ciências, Helene Tasch, e a ideia é que os estudos rendam trabalhos de panfletagem e conscientização em outras escolas, uma vez que a integração dos pais e da comunidade local têm aumentado:

– A gente sente essa integração da comunidade, os pais vem mais na escola, e também a integração dos alunos e suas colocações. A gente sente como eles se posicionam em relação com o tema, percebemos essa diferença, também gradativamente no comportamento dentro de sala de aula.

Da esquerda para direita, Helene Tasch, Maysa Borba, Ketlyn Dias Moreira, Sophia Saldanha do Nascimento, Iracema Ferraz e Ail Ortiz.

Eduarda Costa, [email protected]

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