Após uma década sem desfiles, Santa Maria dá passo histórico com posse da nova Liga das Escolas de Samba

A noite de domingo (14) foi marcada por samba, cores e clima de carnaval em pleno mês de dezembro, durante a posse da diretoria da nova Liga das Escolas de Samba de Santa Maria (Liessma). O evento ocorreu em uma casa de festas no centro da cidade e reuniu centenas de pessoas, entre representantes das escolas de samba do município e apoiadores do movimento carnavalesco.

A cerimônia entra para a história do carnaval santa-mariense ao simbolizar um novo capítulo para as agremiações locais, que há cerca de 10 anos não realizam desfiles de carnaval de rua na cidade. Ao som de sambas-enredo e manifestações de união, a posse reforçou o sentimento de retomada e de fortalecimento coletivo do carnaval.

Estiveram representadas as escolas de samba Vila Brasil, Unidos do Itaimbé, Unidos de Camobi, Barão do Itararé, Mocidade Independente das Dores e Império da Zona Norte, que integram oficialmente a nova liga.

Tomaram posse como dirigentes da Liessma  Serginho Marques, como presidente, Mirela Almeida, vice-presidente, Marina Coelho e Carolina Gimenez, como secretárias, e Flávia Luz e Vanuza Coelho, como tesoureiras. A nova diretoria assume com o desafio de reorganizar o movimento carnavalesco da cidade e construir caminhos para a volta dos desfiles.

Fundada em novembro deste ano, a Liga das Escolas de Samba de Santa Maria formaliza a organização das agremiações com o objetivo de fortalecer as escolas, buscar parcerias, captar recursos e viabilizar a retomada dos desfiles, paralisados desde 2015. A criação da entidade representa um passo fundamental para dar unidade ao movimento, garantindo representatividade institucional e planejamento conjunto.

Mais do que uma solenidade, a posse foi celebrada como um reencontro da comunidade do samba e um gesto simbólico de resistência cultural. Em meio a abraços, batuques e discursos emocionados, a noite deixou claro que o carnaval de Santa Maria segue vivo e organizado para, em breve, voltar a ocupar as ruas da cidade.