A Escola Estadual Coronel Pilar foi uma das mais atingidas pela tempestade do dia 19 de outubro e está com as aulas suspensas desde esta data. As secretarias estaduais de Obras Públicas, Saneamento e Habitação (SOP) e de Educação (Seduc), abriram uma dispensa por emergencialidade para a escolha da empresa responsável pela reforma. Este tramite de escolha é diferente da licitação e, em teoria, prevê mais celeridade ao processo. Segundo a vice-diretora substituta legal da Coronel Pilar, Deise Beatriz Matte Corrêa, a empresa já foi escolhida e já deveria ter se apresentando no colégio, mas até ontem, a direção ainda aguardava.
Deise mostrou como estão as salas de aula que perderam o telhado, as janelas com vidros quebrados e todos os lugares que molham com as chuvas depois do dia 19 de outubro. O espaço onde ficava a direção, a secretaria e o recursos humanos da escola está interditado e os setores foram provisoriamente transferidos para a biblioteca. A obra da reforma na escola está orçada em R$ 62 mil e deve ser finalizado em 40 dias, de acordo com a vice-diretora substituta.
Inep Divulga gabarito oficial do Enade 2017
A professora conta que semanalmente a direção liga à Seduc para ter previsão de quando será iniciado o serviço. A expectativa de Deise e dos demais educadores, com base nas informações que recebeu da Secretaria de Educação, é que até amanhã a empresa comece a instalar o canteiro de obras.
O titular da 8ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (Crop), engenheiro Vilmar Pisani, diz que agora os trâmites dependem da Seduc, que é a responsável por fazer o contrato com a empresa escolhida.
- Esperávamos já ter iniciado a obra na Coronel Pilar, mas estamos fazendo tudo que é possível para encerrar este processo com rapidez. Sei da situação da escola, lembro que interditamos a parte elétrica. Mas quando o serviço iniciar, deve ser concluído em 20 a 30 dias - avalia Pisani.
ANDAMENTO
A assessoria de comunicação da Seduc informou ao Diário, ontem, que o processo estava na Contadoria e Auditoria Geral do Estado (Cage) para que seja feito o empenho da verba. A previsão é que nesta semana a documentação vá para a Central de Licitações e Contratos da Secretaria de Estado da Educação (CLC/Seduc), onde será vistoriada. Após estes procedimentos, será, então, assinada pelos secretários de Educação, Ronaldo Krummenauer, e de Obras, Fabiano Pereira, e por um representante da empresa vencedora da dispensa por emergencialidade.
Conforma a assessoria da Seduc, a partir do momento em que a ordem de serviço é assinada, a empresa contratada tem cinco dias úteis para começar o serviço.
Foto: Charles Guerra / Diário de Santa Maria
Escola fez arrecadação de verba, mas não foi autorizada a começar o serviço
Logo após a tempestade do dia 19 de outubro, a direção da escola iniciou uma campanha para arrecadar recursos e fazer um serviço paliativo na área menos danificada, que agora está com goteiras e pequenos problemas na rede elétrica. De acordo com a vice-diretora do turno da manhã, Anapaula Pastorio, o colégio conseguiu verba para fazer uma pequena parte da reforma. Contudo, não recebeu autorização da 8ª Crop para o serviço.
Assim, a direção decidiu deixar os cerca de R$ 4 mil arrecadados na conta da escola, para ser usada como autonomia financeira em outros serviços que não sejam a reforma.
O titular da 8ª Crop, Vilmar Pisani, explica que não liberou a direção da escola para fazer uma reforma prévia, para que não surgissem problemas com a empresa escolhida. De acordo com Pisani, a empresa pode chegar ao local e, se ver que há um serviço feito, pode se recusar a faze toda a reforma para não correr o risco de ser responsabilizada por uma obra que não fez.
Inscrições para mestrado e dourotado na Unifra terminam nesta semana
O secretário da SOP, Fabiano Pereira, diz que não vê problemas em a direção da escola tomar a iniciativa de fazer algo pela instituição, mas afirma que o Estado está fazendo de tudo para ajudar a Coronel Pilar.
_ Estamos contratando a empresa e logo vamos começar a obra - diz Fabiano.
GREVE
Apesar da paralisação na rede estadual, a escola Coronel Pilar estava com 12 turmas do turno da tarde e uma turma do turno da noite com aulas normais, de acordo com a vice-diretora substituta legal, Deise Beatriz Corrêa. Ela conta que a direção tentou pedir salas emprestadas em prédios próximos ao colégio, para voltar a atender os alunos, mas não conseguiu.
- Na sede da Brigada Militar não foi possível e no salão da Paróquia das Dores estão reformando o piso, então, também não tem como receber os estudantes _ conta Deise.
A vice-diretora substituta diz que não há previsão de como será o calendário de recuperação das aulas.