Mauricio Araujo

Enfim, Santa Maria avança em projetos relacionados à coleta de resíduos

Enfim, Santa Maria avança em projetos relacionados à coleta de resíduos

Foto: Eduardo Ramos (Diário)

O mês de abril de 2023 deve ser celebrado em Santa Maria pelos avanços no que se refere à coleta de resíduos.

Nas últimas semanas, foram feitos importantes anúncios nestas áreas: a primeira, sobre a tão esperada coleta seletiva, um serviço essencial a todas as cidades e que envergonhava o Coração do Rio Grande por simplesmente não ter nenhum sistema público; a segunda é o – atrasado – anúncio das licitações para as coletas conteinerizada e convencional de resíduos (os contratos originais venceram em 31 de agosto do ano passado e as atuais empresas operam em contratos emergenciais desde então).

Apesar das demoras e contratempos, até previsíveis quando se trata da burocracia da máquina pública, os serviços, ao que tudo indica, estarão em execução ainda neste ano, o que deve ser comemorado. No entanto, para dar certo, precisa do apoio e da colaboração da população.

Editais

Como já midiatizado, as licitações referentes às coletas convencional e conteinerizada terão investimento anual de R$ 22 milhões. Ainda em se tratando de resíduos, o município tem contrato com a Companhia Riograndense da Valorização de Resíduos (CRVR), que presta o serviço no aterro, em um valor que se aproxima dos R$ 8,5 milhões. Dessa forma, o valor gasto por ano com coleta e encaminhamento do lixo gira no entorno dos R$ 30 milhões, sendo um dos mais custosos contratos da administração.

Por mês, o Executivo municipal deve recolher cerca de 6 mil toneladas de resíduos (1.540 do conteinerizado e 3,9 mil do convencional). Ainda, somam-se mais de 600 toneladas que devem ser recolhidos de focos de lixo irregular – uma das maiores irresponsabilidades por parte da população que descarta lixo nas ruas, sangas, rios e demais espaços inapropriados, e que gera um gasto extra e desnecessário aos cofres públicos.

Educação ambiental

Em relação à coleta seletiva, vai ser preciso persistência para que a iniciativa seja realmente implementada. Mais do que oferecer o serviço, será preciso um forte trabalho voltado à educação ambiental, com ampla divulgação de como a iniciativa vai funcionar – além de fazer a correta separação.

No entanto, para um serviço que vai começar no dia 8 de maio, pouco se fala sobre o tema e tampouco em relação ao funcionamento, que será porta a porta e ponto a ponto. Será que população realmente sabe como se dará estes sistemas? O planejamento está, no momento e exclusivamente, no site da prefeitura (clique aqui). Mas seria somente este o caminho mais adequado para informar a população de um serviço que está prestes a começar?

São questionamentos que devem ser respondidos com o tempo. O que se espera, realmente, é que a coleta seletiva seja efetiva e não apenas um lançamento de iniciativa para dizer que se tem. Aguardemos.

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